A Polícia Civil de Minas Gerais segue investigando as causas do acidente ocorrido na BR-116, em Teófilo Otoni, na última sexta-feira (21), que resultou em um número significativo de vítimas fatais. Durante uma coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (26), o delegado Amaury Albuquerque detalhou os avanços da investigação, mas afirmou que ainda é prematuro determinar a causa exata do acidente.
“Nesse momento, concluir que houve um estouro de pneu ou que houve um avanço na pista contrária é prematuro. Claro que temos uma linha principal, já temos indícios de velocidade, peso da carga, tudo isso. Pela violência do que aconteceu naquela madrugada, a gente tem um caminho, mas ainda precisamos produzir provas. Pessoas que estão envolvidas diretamente no acidente ainda precisam ser ouvidas. Só poderemos chegar a uma conclusão no final dos procedimentos de investigação”, afirmou o delegado.
O acidente envolveu um caminhão que transportava um bloco de granito, um ônibus e um carro, resultando em um grande número de vítimas, embora o número exato de mortos ainda não tenha sido confirmado. A divergência se deve ao fato de que a empresa de ônibus informou que 39 pessoas morreram, com seis sobreviventes, enquanto a Polícia Civil coletou restos mortais suficientes para 41 óbitos. Por conta disso, a corporação está trabalhando com a possibilidade de 41 mortos até que o processo de identificação seja finalizado.
Investigações em andamento e perícias
O delegado também revelou que a investigação continua sendo alimentada por novas provas e depoimentos de testemunhas. Perícias adicionais estão sendo realizadas em Teófilo Otoni, incluindo o uso de scanner 3D, com a participação de peritos especializados em acidentes de trânsito, vindos de Belo Horizonte. O objetivo é obter o máximo de informações possíveis sobre o impacto e as circunstâncias do acidente.
Outra informação revelada pelo delegado diz respeito ao motorista da carreta envolvida no acidente. O condutor apresentou uma decisão judicial que o autorizava a dirigir, apesar de inicialmente ter sido informado que sua CNH estava suspensa há dois anos. Esse detalhe ainda está sendo investigado para verificar se houve alguma irregularidade.
Identificação das vítimas e exame de DNA
Até o momento, 16 corpos foram identificados, mas a polícia ainda trabalha para confirmar a identidade de todas as vítimas. A identificação dos corpos está sendo realizada por meio de exames de DNA, e a Polícia Civil solicita que familiares de desaparecidos se dirijam às delegacias para realizar os exames.
“Não é necessário ir a Belo Horizonte para realizar o procedimento. O exame pode ser feito na unidade policial mais próxima, inclusive em outros estados, e o material será enviado ao laboratório de genética da Polícia Civil mineira”, destacou o delegado Albuquerque.
A identificação oficial dos corpos e o número final de vítimas só será divulgado ao término da investigação e da análise completa das evidências coletadas.
Expectativas para conclusão
O delegado destacou que, embora a investigação esteja avançando, ainda há muito trabalho a ser feito. A causa do acidente será definida apenas após a coleta de todas as provas, o depoimento de testemunhas e a análise dos materiais periciais.
Com as informações da Agência Brasil
Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais