A Justiça determinou a cassação dos diplomas do prefeito e do vice-prefeito de Água Boa, no Vale do Rio Doce, após julgar procedente a Ação de Investigação Eleitoral (AIJE) ajuizada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE). A decisão foi tomada com base em práticas de captação ilícita de sufrágio e abuso de poder, com ambos os gestores condenados a pagar multa de R$ 50 mil e declarados inelegíveis por oito anos, a partir das eleições de 2024.
Além dos dois mandatários, três cabos eleitorais também foram penalizados. Um deles terá que pagar multa de R$ 5.320,50, enquanto os outros dois foram declarados inelegíveis por oito anos. O MPE alegou que o prefeito ofereceu R$ 100 mil a um eleitor em troca de apoio político e votos, além de oferecer R$ 2 mil a outros dois eleitores, com parte do pagamento sendo feito antes da eleição.
A sentença ressaltou a gravidade do abuso de poder econômico, considerando que o valor oferecido ao eleitor foi superior aos gastos totais de campanha dos adversários, desequilibrando o pleito. A decisão também afetou o vice-prefeito, que, embora não tenha participado diretamente dos atos ilícitos, teve seu diploma cassado por integrar a mesma chapa do prefeito.
Fonte e Foto: Ministério Público do Estado de Minas Gerais