Encontro aconteceu nessa terça-feira (12) na Fapemig e reuniu municípios e empresas para apresentar projetos qualificados e aptos a captar recursos
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) realizou, nessa terça-feira (12/8), no auditório da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), a 4ª Oficina do Plano Conservador das Gerais. O encontro reuniu especialistas, gestores públicos e representantes de instituições parceiras para apresentar projetos qualificados e aptos a captar investimentos destinados à restauração ambiental e ao desenvolvimento sustentável.
O Plano Conservador das Gerais é uma iniciativa estratégica do Governo de Minas, realizada pela Semad e pelo IEF, com apoio da The Nature Conservancy (TNC), de prefeituras e de instituições de ensino e pesquisa. O objetivo é estruturar, em escala territorial, um banco de áreas com alto potencial de restauração ecológica, com base na ecologia da paisagem e na adequação ambiental e produtiva de imóveis rurais, para facilitar o financiamento de projetos. Também foram convidadas empresas com demanda de compensação ambiental de Área de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal. Os proprietários e possuidores envolvidos poderão ser recompensados por meio do Pagamento por Serviços Ambientais (PSA).
Durante a abertura, o diretor-geral do IEF, Breno Lasmar, destacou a importância do alinhamento das ações para alcançar a meta estadual de restaurar 4,4 milhões de hectares. “Estamos construindo diretrizes para promover o desenvolvimento sustentável das regiões, adequando a produção rural e direcionando esforços para resultados efetivos. Hoje damos mais um passo importante nessa busca”, afirmou.
O subsecretário de Gestão Ambiental da Semad, Diogo Franco, destacou o avanço do engajamento regional na estruturação de projetos e na gestão de informações para captação de recursos, mas reconheceu que o desafio continua grande. “Estamos evoluindo no diálogo com as indústrias, com os produtores rurais, e na organização de informações para decisões mais assertivas com a apresentação desses projetos. Isso exige dedicação, articulação e visão estratégica para aproveitar as oportunidades que surgem”, afirmou.
A diretora de Mata Atlântica da TNC, Adriana Kfouri, ressaltou que a restauração é essencial para garantir recursos hídricos e proteger o bioma. “A Mata Atlântica precisa valorizar e ampliar suas florestas remanescentes. É fundamental apoiar principalmente os pequenos produtores, reconhecendo seu papel na conservação. É essencial reconhecer e incentivar a contribuição desses proprietários para a conservação”, defendeu.
A oficina apresentou projetos voltados à conservação e recuperação da vegetação nativa, saneamento rural, adoção de Soluções Baseadas na Natureza (SbN) e adequação ambiental e produtiva de propriedades rurais. A integração entre áreas potenciais para restauração e interesses do setor produtivo — como compensações ambientais e ações de ESG — é uma das estratégias centrais.
Entre os resultados esperados estão a seleção e priorização de projetos de alto impacto socioambiental, a atração de investimentos para restauração e PSA, o apoio técnico aos proprietários rurais e a ampliação da rede de áreas cadastradas no Conservador das Gerais. As ações também contribuem para o cumprimento das metas estaduais e nacionais de restauração, reforçando o compromisso de Minas Gerais com a sustentabilidade e a conservação ambiental.
Fonte: Ascom/ Sisema
Foto: Robson Santos
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