Um estrondo incomum surpreendeu uma moradora em um sítio localizado na zona rural de Tabuleiro, município da Zona da Mata mineira, levantando a suspeita de queda de um meteorito no sábado (02/08). O fenômeno foi registrado por uma câmera instalada na propriedade, que captou o movimento de telhas e a formação de um pequeno redemoinho dentro do curral. Galinhas e bovinos que estavam no local se afastaram rapidamente após o impacto, reforçando a hipótese de um evento de origem não terrestre.
Segundo Ramires Lopes, sobrinha da proprietária do sítio, quatro fragmentos de tamanhos variados foram encontrados próximos ao curral. Ela relatou que os objetos não são pesados e não apresentaram atração magnética. “Um deles é bem escuro e parece que até entrou em combustão. O local da queda também ficou branco no chão, logo depois da queda”, afirmou. Ramires também destacou que a propriedade é isolada, sem estradas elevadas ou casas próximas que pudessem justificar a presença dos detritos por ação humana. “Parece que teve uma movimentação de ar muito grande e uma pressão muito alta. A gente também acredita que pode ser que o objeto bateu no chão de concreto primeiro e depois voltou no telhado”, completou.
Os fragmentos serão analisados em Juiz de Fora pela professora e pesquisadora Maria Elizabeth Zucolotto, curadora da Coleção de Meteoritos do Museu Nacional/UFRJ. Ela explicou que, embora a gravação não tenha boa qualidade, é possível observar o deslocamento de ar e o redemoinho, características comuns à passagem de bólidos. “Tem também o barulho e o que mais chama atenção: a rocha, que aparenta estar fresca”, disse. A pesquisadora utilizará um equipamento de fluorescência portátil para avaliar o material, mas ressaltou que ainda não é possível confirmar se se trata de um meteorito. Ela descartou qualquer relação com a chuva de meteoros Perseidas, explicando que meteoritos são eventos esporádicos e raramente associados a chuvas de meteoros. Caso o material seja confirmado como meteorito, o registro em vídeo tornaria o episódio uma raridade científica.
Da redação do Jornal Panorama
Com informações: G 1
Imagem: Reprodução Redes Sociais
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