A Europa enfrenta uma intensa onda de calor que já provocou a morte de ao menos oito pessoas, gerou incêndios florestais e comprometeu serviços essenciais em vários países do continente, no dia 1º de julho. A elevação atípica das temperaturas levou à emissão de alertas vermelhos, ao fechamento de escolas e pontos turísticos, além de danos à infraestrutura e riscos à saúde pública.
Segundo dados oficiais, a Espanha registrou quatro óbitos, sendo dois em decorrência de um incêndio florestal na Catalunha e outros dois relacionados ao calor extremo nas regiões da Extremadura e Córdoba. A França confirmou duas mortes e hospitalizou cerca de 300 pessoas em razão do clima severo, de acordo com o ministro da Energia. Já na Itália, dois homens com mais de 60 anos perderam a vida em praias da Sardenha, conforme divulgou a agência ANSA.
As autoridades meteorológicas alertam que a atual onda de calor se antecipou em relação aos anos anteriores, com temperaturas até 10 °C acima da média em algumas regiões. Cientistas associam o fenômeno ao aquecimento dos mares, que tem contribuído para a formação de uma “cúpula de calor” sobre o continente, impedindo a dispersão do ar quente. No dia 29 de junho, a temperatura da superfície terrestre chegou a 45 °C em Roma, 45 °C em Madri e 54 °C em Sevilha, conforme dados da Agência Espacial Europeia.
Além das mortes e do calor intenso, tempestades severas atingiram regiões alpinas da França na noite do dia 30 de junho, causando deslizamentos de terra e bloqueando a ligação ferroviária entre Paris e Milão. Em resposta ao aumento da temperatura da água do rio, a concessionária suíça Axpo desligou um dos reatores da usina nuclear de Beznau e reduziu a capacidade de outro, medida que deve permanecer enquanto os níveis térmicos forem monitorados.
A crise climática também provocou deslocamentos forçados, como na Turquia, onde cerca de 50 mil pessoas foram retiradas de áreas de risco por conta dos incêndios. Governos europeus permanecem em alerta diante das consequências para a população, em especial os mais vulneráveis, como idosos, conforme ressaltado pela ministra da Saúde e Família da França, Catherine Vautrin. A situação reforça a urgência de ações estruturais diante dos eventos extremos cada vez mais frequentes no continente.
Da redação do Jornal Panorama
Com informações: CNN – Brasil
Imagem: FreePik/Imagem Ilustrativa
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