O Conselho de Sentença da Comarca de Belo Horizonte condenou uma mulher a 10 anos e seis meses de prisão por matar o companheiro e ocultar o corpo concretado sob a cama do casal. O crime ocorreu na madrugada de 30 de outubro de 2022, na residência da família, localizada na Rua Zumbi dos Palmares, na Ocupação Rosa Leão, bairro Granja Werneck.
De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a ré, movida por “sentimento de posse” e suspeitas de que o companheiro, Marcos Antônio Soares, teria relacionamentos extraconjugais, esganou e estrangulou a vítima, provocando sua morte por asfixia. Segundo a acusação, o crime foi cometido mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, que estava no quarto do casal, à noite, sem possibilidade de reação.
Após o homicídio, a mulher ocultou o cadáver debaixo da cama e cobriu o corpo com massa de cimento e argamassa. Para sustentar a farsa, ela chegou a afirmar aos familiares que Marcos havia desaparecido, orientando inclusive a própria filha a registrar um boletim de ocorrência.
O corpo só foi encontrado oito dias depois, quando o pai da ré, que cuidava dos netos, esteve na casa para buscar pertences das crianças e descobriu o local onde a vítima estava.
Durante o julgamento, o Conselho de Sentença reconheceu o homicídio qualificado e a ocultação de cadáver, mas acatou a tese da defesa de homicídio privilegiado, prevista no artigo 121, §1º, do Código Penal, por entender que o crime foi “cometido sob o domínio de violenta emoção, logo após injusta provocação da vítima”.
A pena, inicialmente calculada em mais de 14 anos, foi reduzida para 10 anos e seis meses. A ré, que aguardava o julgamento em liberdade, teve prisão decretada pelo juiz Luiz Felipe Sampaio Aranha e deixou o Fórum Lafayette presa, sem direito a recorrer em liberdade.
Da Redação do Jornal Panorama
Com as informações do TJMG
Foto: Cecília Pederzoli / TJMG
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