O Brasil, uma das maiores potências agrícolas do mundo, conta com um sistema de monitoramento de agrotóxicos considerado improvisado, segundo avaliação do Ministério Público Federal (MPF). A instituição afirma que o país não dispõe de uma estrutura estatal adequada para realizar estudos sistematizados sobre o impacto dos agrotóxicos.
Durante uma audiência pública na Câmara dos Deputados, que discutiu os efeitos desses produtos em terras indígenas, o MPF reforçou a necessidade de maiores investimentos em laboratórios públicos, especialmente nas regiões onde a contaminação é mais significativa. O uso indiscriminado de agrotóxicos pode causar sérios danos ambientais, como a poluição de lençóis freáticos, além de estar associado a inúmeros problemas de saúde.
O MPF destacou que, há mais de uma década, apresentou na Justiça um pedido para a criação de um laboratório público de monitoramento no estado de Mato Grosso do Sul, um dos maiores produtores agrícolas do país. Na época, o governo alegava que o monitoramento era realizado pelo Instituto Evandro Chagas, no Pará. No entanto, o instituto não tinha a capacidade de analisar todos os componentes exigidos pelas normas vigentes, que eram menos rigorosas que as atuais.
Fonte e fotos: MPF.