O senador colombiano Miguel Uribe Turbay, de 39 anos, considerado uma das promessas da nova geração política e potencial candidato presidencial da oposição de direita, morreu nesta segunda-feira (11), após não resistir aos ferimentos provocados por um atentado ocorrido em 7 de junho, em Bogotá.
A informação foi confirmada por sua esposa, Claudia Tarazona, por meio de uma publicação emocionada no Instagram, onde escreveu: “Você sempre será o amor da minha vida. Obrigada por uma vida cheia de amor, obrigada por ser um pai para as meninas, o melhor pai para o Alejandro.”
Uribe, que vinha ganhando destaque no cenário político nacional, foi atingido por disparos enquanto participava de um comício na capital colombiana. Até o momento, seis pessoas foram presas por suposto envolvimento no ataque. Conhecido por sua proximidade com o ex-presidente Álvaro Uribe Vélez e por ser um crítico ferrenho do governo de Gustavo Petro, ele se preparava para disputar a presidência nas eleições de 2026 pelo partido Centro Democrático, embora o nome oficial do partido para o pleito ainda não tivesse sido definido.
A trajetória política de Miguel Uribe Turbay estava profundamente ligada à sua história familiar. Neto do ex-presidente Julio César Turbay Ayala, que governou a Colômbia de 1978 a 1982, e filho da jornalista Diana Turbay, assassinada em 1991 durante uma operação de resgate após ser sequestrada por narcotraficantes do Cartel de Medellín sob comando de Pablo Escobar, Uribe carregava um legado marcado por tragédias políticas. Sua avó, Nydia Quintero de Balcázar, fundou a organização “Solidaridad por Colombia”, voltada para ações sociais.
Desde cedo, Uribe mostrou vocação para a vida pública. Foi vereador de Bogotá entre 2012 e 2015 e, em seguida, secretário de Governo durante a administração do então prefeito Enrique Peñalosa (2016–2019). Em 2019, candidatou-se à prefeitura da capital, ficando em quarto lugar. Em 2022, conquistou uma cadeira no Senado pelo Centro Democrático, consolidando-se como uma das vozes mais influentes da oposição.
Em outubro de 2024, em um ato carregado de simbolismo, anunciou sua pré-candidatura à presidência no mesmo local onde sua mãe foi morta. Na ocasião, afirmou que a tragédia pessoal moldou sua visão política e pessoal: “Eu poderia ter crescido buscando vingança, mas decidi fazer a coisa certa: perdoar, mas nunca esquecer.”
Da Redação do Jornal Panorama
Com as informações da CNN
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