A Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) de Minas Gerais iniciou a coleta de dados para a construção do segundo “Diagnóstico do Perfil dos Empreendimentos de Cachaça de Alambique de Minas Gerais”, que será lançado em 2026. O anúncio foi feito pelo secretário Thales Fernandes durante a abertura da 34ª Expocachaça, na quinta-feira (7/8). O estudo visa aprimorar políticas públicas e ações voltadas para o setor, que atualmente enfrenta um alto índice de informalidade.
O setor de produção de cachaça em Minas apresenta, segundo o secretário, cerca de 87% de informalidade. O novo estudo buscará entender os gargalos da cadeia produtiva e ajudar a formalizar os alambiques junto à Secretaria da Agricultura e ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). “Com o estudo, podemos conhecer os gargalos e trazer esses produtores para formalizar seus alambiques”, afirmou Thales Fernandes.
A primeira edição do Diagnóstico, divulgada em 2024, trouxe dados que destacam a relevância socioeconômica da cachaça mineira. O estudo revelou que 79,2% dos empreendimentos de cachaça contratam mão de obra, demonstrando a importância do setor para a geração de emprego e renda no estado. Além disso, a produção é dominada pelos pequenos produtores, com 93% das propriedades possuindo menos de 20 hectares. Esses produtores controlam todo o processo, desde o plantio da cana-de-açúcar, realizado por 82% deles, até o envasamento e comercialização da cachaça.
Sandra Regina Carvalho dos Santos, diretora de Comercialização e Mercados da Seapa, explicou que o estudo abrange áreas como a produção, agroindústria, comercialização, tributação, mão de obra e plantio da cana-de-açúcar. “É bem completo para conseguirmos entender a cadeia como um todo e formar um banco de dados para o investimento em políticas públicas que conversem com a realidade”, destacou.
O formulário para coleta de dados pode ser acessado no site da Seapa até 10/10/2025. Durante a Expocachaça, a Seapa mantém um estande com o apoio de entidades representativas, como a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), a Câmara Setorial da Cachaça, o Sebrae e a Associação Nacional dos Produtores e Agrindústrias da Cachaça de Qualidade (ANPAQ). No estande, técnicos do Sistema Agricultura auxiliam os produtores no preenchimento do formulário, disponibilizado por meio de QR Code.
Da redação do Jornal Panorama
Com informações: Agência Minas
Imagem: Diego Vargas / Seapa
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