O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) intensificou as ações de biossegurança no município de Mateus Leme, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, após a confirmação de um caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em um cisne-negro. A medida tem como objetivo ampliar a vigilância sanitária e proteger os plantéis avícolas da região.
As equipes do IMA, formadas por fiscais agropecuários-médicos veterinários e fiscais assistentes, estão realizando uma varredura sanitária em um raio de três quilômetros a partir do ponto onde o animal contaminado foi encontrado, área denominada tecnicamente como perifoco. Mais de 350 propriedades, entre zonas rurais e áreas urbanizadas, já foram vistoriadas, independentemente do porte das criações. Durante as visitas, os técnicos orientam os produtores sobre os sinais clínicos da doença, as formas de prevenção, e reforçam que a comunicação de qualquer suspeita ao IMA é obrigatória.
Além da inspeção no perifoco, o IMA também deu início às atividades na zona de vigilância, que se estende por mais sete quilômetros, totalizando um raio de dez quilômetros. Nessa faixa, são incluídas propriedades de subsistência, granjas comerciais e pontos de revenda. As ações seguem as diretrizes do Plano Nacional de Vigilância de Influenza Aviária e Doença de Newcastle, coordenado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), e integram as rotinas regulares de trabalho de campo da equipe técnica do instituto.
Durante as vistorias, também está sendo realizado o recadastramento das propriedades. De acordo com Lucas Jardim, chefe do escritório seccional do IMA em Pará de Minas, a atividade tem caráter educativo e preventivo. “Batemos de porta em porta para explicar o que é a gripe aviária, quais são os sintomas, como evitar a transmissão e o que fazer em caso de suspeita”, afirmou.
O cadastramento de criadores e suas propriedades é apontado pelo IMA como uma das estratégias mais eficazes no combate à gripe aviária. Com esse mapeamento, é possível localizar rapidamente focos de contaminação, orientar os produtores e intensificar medidas de proteção. Segundo Izabella Hergot, gerente da defesa sanitária animal do instituto, o cadastro não se trata de um instrumento de fiscalização, mas sim de uma ferramenta de proteção para produtores, consumidores e todo o setor pecuário de Minas Gerais. Ela também lembra que o cadastro é obrigatório no estado, independentemente da escala da criação — seja industrial, de pequeno porte ou de subsistência.
O processo de cadastramento é simples e pode ser realizado presencialmente nos escritórios seccionais do IMA ou via e-mail. A Carta de Serviços “Solicitar cadastro de produtor(a) e propriedade”, disponível no site oficial do órgão, contém os formulários e todas as instruções necessárias.
Serviço:
Em casos de suspeita de Influenza Aviária em aves, a população deve entrar em contato com uma das unidades do IMA. Os endereços e contatos estão disponíveis no site oficial do Instituto Mineiro de Agropecuária.
Por Eduardo Souza
Com informações: IMA
Imagem: FreePik/Imagem Ilustrativa
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