Executado pela Prefeitura de Belo Horizonte dentro das casas de pessoas com deficiência, o Programa Mala de Recursos Lúdicos já atendeu mais de 400 famílias neste ano. Com o projeto, a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos busca fortalecer os vínculos familiares, sociais e comunitários, evitando o agravamento de situações e a violação de direitos de pessoas com deficiência.
Os atendimentos são realizados em casa pelos educadores sociais lúdicos, que contam com uma mala customizada e diversos insumos. Uma das beneficiadas é Cleidy de Oliveira Lancuna, avó de Mateus de Jesus, um jovem com paralisia cerebral de quem é a responsável. O Programa passou a acompanhar a família por meio do Serviço de Proteção Social à Pessoa com Deficiência, durante o processo para concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC), em 2013.
“Sou a única responsável e tomo conta dele o dia inteiro. A Mala Lúdica vem, traz revistas, terapia ocupacional, brinca, passeia e faz outras atividades, inclusive levando a museus e teatros. Eu até coloquei o Mateus na escola por incentivo deles. Também me ajudou a me comunicar com meu neto a partir dos movimentos dos olhos, porque ele não fala, e hoje a comunidade toda conversa com ele”, destaca Cleidy.
O educador social lúdico Edgar Gomes Lacerda, que atualmente acompanha a família de Mateus, conta que ele tem o cognitivo preservado e sempre foi participativo. “Mateus já participou de atividades como pintura ao ar livre, contação de histórias, jogos de perguntas e respostas”, detalha.
O Serviço de Proteção Social à Pessoa com Deficiência no domicílio busca garantir os direitos das pessoas com deficiência, por meio do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, do desenvolvimento de ações para a inclusão social, equilíbrio de oportunidades, participação e desenvolvimento de autonomia. Para serem incluídas no Programa, as famílias devem buscar o Serviço de proteção à pessoa com deficiência nas Diretorias Regionais de Assistência Social.
Histórico e diagnóstico
Inspirado no Programa Muriki, o Serviço de Proteção Social à Pessoa com Deficiência (SPSPD) foi criado em 2007 e a atividade lúdica compunha o escopo do trabalho social com as famílias, com atendimento de aproximadamente 180 famílias por mês. Em 2015, virou o Programa Mala de Recursos Lúdicos, vinculado ao serviço, por ter apresentado resultados positivos. A execução ocorre em parceria com a Organização da Sociedade Civil Adra Brasil.
No momento da implantação foram identificadas situações que exigiam intervenção de políticas públicas, especialmente relacionadas à vulnerabilidade de pessoas com deficiência em situação de dependência ou semidependência, com baixo apoio familiar. Na identificação das famílias pelo SPSPD, vinculado aos Cras e à Coordenação Regional de Proteção Básica, a avaliação possibilita direcionar o acompanhamento domiciliar de forma individualizada, articulando a rede socioassistencial e intersetorial para garantir proteção integral e promover a inclusão social. Fonte e foto: Prefeitura de Belo Horizonte
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