As principais lideranças da indústria brasileira se reuniram, na manhã de segunda-feira (15), com representantes do governo federal para discutir a decisão dos Estados Unidos de impor uma taxação de 50% sobre produtos brasileiros, a partir de 1º de agosto. O encontro foi liderado pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Geraldo Alckmin.
Em coletiva de imprensa após a reunião, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, afirmou que tanto o governo quanto o setor empresarial estão “uníssonos e convergentes” em busca de uma solução para o impasse. A prioridade é alcançar um acordo antes da data prevista para a aplicação das novas tarifas. Alban também destacou a urgência do problema, enfatizando que produtos perecíveis estão envolvidos na questão. “Não podemos ficar na imprevisibilidade”, afirmou, reforçando a importância da negociação com os Estados Unidos.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes, expressou sua “confiança absoluta” na capacidade de negociação do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e do MDIC. Gomes também reafirmou o apoio total da indústria brasileira às negociações, com o objetivo de alcançar um entendimento que beneficie tanto as empresas brasileiras quanto as americanas.
Durante a coletiva, o vice-presidente Geraldo Alckmin agradeceu a colaboração dos empresários e reiterou que o governo está comprometido em resolver a situação por meio do diálogo com o setor privado. Alckmin não descartou a possibilidade de buscar o adiamento da taxação, caso não se chegue a um acordo entre Brasil e EUA até 1º de agosto.
A regulamentação da lei de reciprocidade econômica, aprovada pelo Congresso Nacional neste ano, foi publicada nesta terça-feira (15) e deverá ser um instrumento fundamental para orientar as ações do governo brasileiro diante da taxação imposta pelos Estados Unidos.
A postura unificada entre governo e empresários, assim como o compromisso de buscar soluções pacíficas e evitar medidas precipitadas de retaliação, sinalizam que a negociação continua sendo a via preferencial para resolver o impasse. O desfecho dessa questão será crucial para o comércio bilateral entre Brasil e Estados Unidos, e poderá ter implicações significativas para o setor produtivo brasileiro.
Da redação do Jornal Panorama
Com informações: Agência Brasil
Imagem: Lula Marques/Agência Brasil
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