O Ministério da Saúde do Brasil anunciou um investimento recorde de R$ 561 milhões para pesquisas científicas em saúde em 2025. O valor, previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA), representa um aumento significativo em relação aos R$ 110 milhões destinados no governo anterior, sendo cinco vezes maior que a média de investimentos. O objetivo principal é impulsionar pesquisas em áreas prioritárias, como Saúde da Mulher, Oncologia, Doenças Raras e Doenças Negligenciadas, com foco em melhorar o Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2024, o valor destinado a projetos de pesquisa foi de R$ 262,7 milhões, contemplando 336 iniciativas, sendo que quase 50% desses projetos foram liderados por mulheres, destacando o protagonismo feminino na produção científica brasileira.
Durante a Semana de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) para o SUS, que aconteceu entre os dias 2 e 5 de junho de 2024, em Brasília, as autoridades do Ministério da Saúde discutiram as prioridades para o avanço das pesquisas no sistema de saúde. O evento reuniu cerca de 550 pessoas, entre pesquisadores e especialistas, e visou alinhar propostas estratégicas para melhorar a saúde pública no Brasil. A titular da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Sectics), Fernanda de Negri, ressaltou que o setor da saúde é um dos maiores investidores em ciência e tecnologia, e destacou o esforço do governo para aumentar o financiamento e impulsionar a inovação no SUS.
Meiruze Freitas, diretora do Departamento de Ciência e Tecnologia (Decit) do Ministério da Saúde, afirmou que o aumento do orçamento para 2025 reflete uma decisão política clara de fortalecer a ciência dentro do SUS. De acordo com Freitas, os R$ 561 milhões destinados para o próximo ano representam um marco histórico, proporcionando novas oportunidades para o avanço de pesquisas no campo da saúde. Este aumento de recursos é visto como essencial para a superação dos desafios de saúde enfrentados pela população brasileira, com foco em áreas de grande necessidade, como doenças negligenciadas e o enfrentamento de epidemias.
Os projetos de pesquisa aprovados para 2024 foram apresentados durante o evento como parte do Marco Zero, e agora começam sua execução, com monitoramento contínuo em três etapas: Marco Zero, Parcial e Final. Os estudos têm como objetivo produzir evidências científicas que atendam às necessidades da saúde pública, buscando soluções inovadoras para doenças crônicas, prevenção e diagnóstico, além de novas terapias avançadas, como genômica. A parceria entre o Ministério da Saúde e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) é fundamental para o sucesso da ação, com ênfase na transdisciplinaridade e na eficácia da comunicação científica com a gestão pública.
A Semana CT&I também se dedicou a temas cruciais, como o enfrentamento da desinformação em saúde, a importância da pesquisa em genômica e a relevância da integridade na pesquisa científica. As discussões fortaleceram o compromisso do SUS com a equidade e sustentabilidade da saúde pública, proporcionando um cenário mais preparado para enfrentar os desafios futuros e promover melhorias significativas na qualidade de vida da população brasileira.
Por Eduardo Souza
Com informações: Ministério da Saúde
Foto: Divulgação/MS
Jornal Panorama Minas – Grande Circulação – Noticiando o Brasil, Minas e o Mundo – 50 Anos de Jornalismo Ético e Profissional