A ampliação da Ferrovia Transnordestina ganhou um novo impulso com o anúncio de um investimento de R$ 1 bilhão para o Lote 8 do projeto. Durante evento realizado na quinta-feira (5), no Ceará, o ministro dos Transportes, Renan Filho, destacou a importância da iniciativa para fortalecer o desenvolvimento econômico da região. Antes da cerimônia de assinatura da ordem de serviço para início das obras, ele percorreu o trecho onde serão executadas as intervenções.
O avanço da ferrovia promete gerar impactos positivos na infraestrutura logística, tornando o transporte de cargas mais eficiente e reduzindo custos para produtores locais. O ministro ressaltou que a entrega total da obra está prevista para 2027 e mencionou os benefícios diretos que o projeto trará, incluindo a redução do custo de frete para produtos agrícolas e a ampliação de negócios. As obras contemplam 46 quilômetros de malha ferroviária, atravessando quatro municípios cearenses. Entre as melhorias previstas estão a construção de dois viadutos, três pontes e quatro passagens de nível, além da expectativa de gerar cerca de 4 mil empregos diretos e indiretos.
O governador do Ceará, Elmano de Freitas, ressaltou o impacto da ferrovia ao comparar sua capacidade ao transporte rodoviário, destacando que um único trem poderá substituir aproximadamente 240 carretas, facilitando a chegada de insumos como milho, soja e minério ao estado. O diretor-presidente da Transnordestina Logística, Tufi Daher, reforçou a amplitude do empreendimento e o potencial de crescimento econômico gerado pelo projeto.
A ferrovia, planejada há décadas, passou por desafios antes de ganhar nova força com investimentos recentes. Dos 1.206 quilômetros projetados, 676 já foram concluídos, e outros 281 estão em obras. A expectativa é que parte da ferrovia comece a operar ainda em 2025, permitindo o transporte de cargas a partir do Terminal Intermodal em Bela Vista do Piauí. O trajeto interligará Eliseu Martins, no Piauí, ao Porto de Pecém, no Ceará, atravessando 53 municípios e atendendo setores estratégicos como grãos, fertilizantes, cimento e combustíveis, fortalecendo a economia regional e nacional.
Por Eduardo Souza
Com informações: Agência Gov
Foto: Marcio Ferreira/MT