O Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com dados referentes à semana epidemiológica 26, entre os dias 22 e 28 de junho, revelou que a influenza A permanece como a principal responsável pelos óbitos decorrentes da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no país, sendo associada a 74% das mortes. A análise indica que seis unidades da Federação estão em situação de alerta ou risco elevado, com tendência de crescimento nos casos.
Nas quatro semanas mais recentes, a influenza A também liderou entre os casos positivos de SRAG, com prevalência de 33,4%, mantendo-se como a principal causa de internações e mortes entre idosos. Entre os estados com aumento consistente na tendência de longo prazo estão Alagoas, Mato Grosso, Paraná, Pará, Rondônia e Roraima. A doença mantém um ritmo elevado entre jovens, adultos e idosos em diferentes regiões.
Apesar disso, o relatório aponta sinais de estabilização ou queda dos casos em outras localidades, como Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, além de estados do Norte e Nordeste como Amazonas, Amapá, Tocantins, Bahia, Ceará, Maranhão e Paraíba. Entretanto, o número de casos graves segue em ascensão em Alagoas, Sergipe, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná e Roraima.
O impacto da SRAG entre crianças pequenas continua preocupante, especialmente devido à circulação do vírus sincicial respiratório (VSR). Os dados mostram manutenção ou início de queda nas internações em alguns estados do Norte, Nordeste e Centro-Sul, mas com hospitalizações ainda elevadas em regiões como Mato Grosso, Pará, Paraná e Rondônia.
A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz, alerta para a importância da manutenção das medidas de prevenção, como o uso de máscaras em caso de sintomas gripais, e reforça a recomendação para que a população prioritária procure os postos de saúde e tome a vacina contra a gripe, oferecida gratuitamente pelo SUS. Em 2025, o Brasil já registrou 119.212 notificações de SRAG, sendo 52% positivas para algum vírus respiratório, com destaque para 26,7% de influenza A, 45,5% de VSR, 22,1% de rinovírus, 8% de Sars-CoV-2 e apenas 1,1% de influenza B.
Da redação do Jornal Panorama
Com informações: Brasil 61
Imagem: Tomaz Silva/Agência Brasil
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