O Sistema Único de Saúde (SUS) passará a ofertar, de forma gratuita, o Implanon, método contraceptivo de longa duração que atua por até três anos. A decisão foi anunciada pelo Ministério da Saúde na tarde de quarta-feira, 2 de julho de 2025, durante reunião da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), e será formalizada por meio de portaria a ser publicada nos próximos dias.
Após a publicação da portaria, o Ministério da Saúde terá até 180 dias para organizar todas as etapas necessárias à oferta do implante, incluindo atualização de protocolos clínicos, aquisição e logística de distribuição do insumo, além da capacitação de profissionais habilitados para inserção e retirada do dispositivo. A expectativa é que o método esteja disponível nas unidades básicas de saúde (UBS) a partir do segundo semestre deste ano.
A previsão é distribuir 1,8 milhão de unidades do Implanon, sendo 500 mil delas ainda em 2025. O investimento total será de aproximadamente R$ 245 milhões, considerando que o custo atual por unidade do produto varia entre R$ 2 mil e R$ 4 mil. Segundo a pasta, o novo contraceptivo contribui significativamente para evitar a gravidez não planejada e reduzir a mortalidade materna, com metas específicas de redução de 25% na mortalidade geral e 50% entre mulheres negras até 2027, em conformidade com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
O Implanon se junta ao grupo de métodos de longa duração conhecidos como LARC (contraceptivos reversíveis de longa duração), ao lado do DIU de cobre, já ofertado na rede pública. Esses métodos são considerados mais eficazes por dispensarem o uso contínuo ou a correta administração por parte da usuária, como ocorre com pílulas ou injeções hormonais. A lista de métodos contraceptivos disponíveis no SUS inclui ainda preservativos internos e externos, anticoncepcionais orais, injetáveis mensais e trimestrais, laqueadura tubária e vasectomia, sendo que somente os preservativos oferecem proteção contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
Da redação do Jornal Panorama
Com informações: Agência Brasil
Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil
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