Em um cenário marcado por turbulências no mercado internacional, o principal índice da Bolsa brasileira, o Ibovespa, atingiu na segunda-feira, 19 de maio, seu maior patamar histórico, chegando a ultrapassar 140,2 mil pontos no início da tarde. Ao final do pregão, o índice fechou com avanço de 0,32%, totalizando 139.636 pontos, mantendo a tendência de alta e registrando o terceiro recorde consecutivo de encerramento.
O desempenho da B3 coincidiu com a queda do dólar, influenciada por fatores internos e externos. A moeda norte-americana terminou o dia cotada a R$ 5,655, o que representa baixa de R$ 0,014 ou 0,25%. O câmbio iniciou o dia em alta, mas inverteu a direção após a abertura das bolsas nos Estados Unidos, em resposta ao rebaixamento da nota de crédito do país. A agência Moody’s retirou a classificação de risco triplo A da dívida pública norte-americana na noite de sexta-feira, 16 de maio.
Até o momento, no mês de maio, o dólar acumula desvalorização de 0,38%. No acumulado de 2025, a queda da moeda frente ao real é de 8,49%.
O rebaixamento pela Moody’s enfraqueceu o dólar globalmente, enquanto outras moedas de economias desenvolvidas, como o euro e a libra esterlina, apresentaram valorização. No Brasil, declarações do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, também repercutiram no mercado. Segundo ele, a autoridade monetária não pretende reduzir a taxa básica de juros, a Selic, até que as projeções inflacionárias de médio prazo estejam sob controle. A fala foi interpretada como um sinal de manutenção de juros elevados, o que tende a manter o Brasil atrativo para investidores estrangeiros em busca de rendimentos mais altos.
Por Eduardo Souza
Com informações: Agência Brasil
Foto: B3/Divulgação