Após semanas de adiamentos, o governo federal lançou, na quarta-feira (13), o plano de contingência para setores prejudicados pelo aumento tarifário imposto pelos Estados Unidos. O pacote prevê R$ 30 bilhões em créditos, incentivo a compras governamentais de alimentos e ampliação do Reintegra, programa de estímulo à exportação de manufaturados. A medida provisória foi assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e deverá ser analisada pelo Congresso.
O lançamento contou com a presença dos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que sinalizaram apoio à proposta, embora admitam alterações no texto. Entidades empresariais, como a Confederação Nacional da Indústria (CNI), manifestaram apoio, enquanto setores do mercado demonstraram preocupação com o impacto fiscal. O gesto dos líderes do Legislativo foi visto como reaproximação com o governo após divergências recentes.
A base governista e partidos do Centrão também declararam apoio à iniciativa, isolando setores alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro que atuam contra o plano e em favor de sanções americanas ao Brasil. No Congresso, Motta e Alcolumbre têm trabalhado para conter pautas de confronto político e dar prioridade à agenda econômica, incluindo a isenção de Imposto de Renda para rendas de até R$ 5 mil e medidas de proteção a crianças e adolescentes nas redes sociais.
Paralelamente, os processos contra Bolsonaro e outros 33 réus por tentativa de golpe de Estado seguem para julgamento no STF, após o encerramento do prazo de alegações finais na quarta-feira (13). No cenário internacional, o ex-presidente dos EUA Donald Trump voltou a criticar o Brasil e, no mesmo dia, o governo americano revogou vistos de dois brasileiros ligados ao programa Mais Médicos, atendendo a pressões de aliados de Bolsonaro no exterior.
Da Redação
Com informações da Prefeitura de Brasília
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