O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, na quarta-feira (13/8), a assinatura da Medida Provisória Brasil Soberano, que criou uma linha de crédito no valor de R$ 30 bilhões. A medida tem como objetivo apoiar as empresas brasileiras que sofreram prejuízos devido à taxação de 50% nas exportações para os Estados Unidos, que entrou em vigor no dia 6 de agosto. Lula ressaltou que o governo está comprometido em garantir que nenhum trabalhador seja desamparado e que a busca por novos mercados internacionais seria uma das principais alternativas para minimizar os impactos dessa decisão.
Além da linha de crédito, o governo adotou outras estratégias para mitigar os efeitos da taxação. O plano inclui a ampliação das compras governamentais, que visam adquirir produtos exportados, especialmente gêneros alimentícios, para aproveitá-los em programas sociais. O presidente destacou também o esforço em apoiar as pequenas empresas, como aquelas que exportavam produtos como tilápia, mel, frutas e máquinas, que dependiam fortemente do mercado norte-americano.
Lula afirmou que o valor inicialmente destinado à linha de crédito seria apenas o primeiro passo e que, se necessário, recursos adicionais seriam investidos para garantir a sobrevivência das empresas afetadas. Ele reforçou a intenção do Governo Federal de apoiar os empresários brasileiros, oferecendo não apenas incentivos para que buscassem novos mercados, mas também incentivando-os a recorrer a medidas legais contra a taxação imposta pelos Estados Unidos. O presidente assegurou que o país continuará a lutar pelos direitos dos exportadores, sem abrir mão da diplomacia e do respeito nas relações internacionais.
Em relação à questão, o governo federal também considerou recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC), além de aplicar a Lei da Reciprocidade, para enfrentar as dificuldades impostas pela taxação dos EUA. Lula destacou que, embora o Brasil tenha uma relação histórica e profunda com os Estados Unidos, o país não hesitará em proteger seus interesses comerciais. O presidente ainda pontuou que, apesar da redução da dependência das exportações para os EUA, o governo continuará preparado para negociar de forma justa e eficaz em busca de soluções que beneficiem o comércio brasileiro.
Da redação do Jornal Panorama
Com informações e imagem: Agência Gov
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