A Escola Municipal José Aldo dos Santos foi contemplada com uma oficina que investiga a implantação da Política Nacional de Educação Digital (PNED). A atividade para alunos do 4º ano do Ensino Fundamental aconteceu entre os dias 27 e 28 de novembro.
Conforme o mentor da oficina, o pós-doutorando da UFMG e professor da UFLA, Ronei Ximenes Martins, o objetivo é expandir a competência em Pensamento Computacional entre os pequenos.
“O pensamento computacional cria formas de resolução de problemas e reforça a criatividade a partir de materiais e métodos específicos. Nas oficinas para as crianças, desenvolvemos o Pensamento Computacional por meio de atividades lúdicas, explica o professor.
Entre as atividades realizadas pelos alunos de nove anos de idade, está a animação computacional de uma história de cordel que eles mesmos criaram com a professora Fabiane Batista Cândido. “O cordel é uma literatura típica do Nordeste brasileiro e trabalhar com eles é uma forma de enriquecimento cultural dos alunos”, comenta a professora.
Para a diretora da José Aldo dos Santos, Julia Costa, a oficina é uma ferramenta que serve de estímulo para que os alunos optem pela vida acadêmica, ingressando em um curso universitário.
“A oficina da PNED não só proporciona acesso ao mundo digital, mas também é um instrumento de orientação e motivação, ajudando os estudantes a visualizarem o ensino superior como uma meta alcançável. Isso torna o plano ainda mais relevante, especialmente para aqueles que, de outra forma, poderiam não considerar a universidade como uma opção viável para o seu futuro”, reflete Julia.
Abismo digital
Embora a PNED incorpore a Base Nacional Comum Curricular, Martins calcula que apenas 20% das escolas públicas brasileiras já implantaram o programa. Para o professor, um problema.
“Está se criando um abismo entre Brasil, Europa, Ásia e Estados Unidos, que já estão muito evoluídos na inserção da Educação Digital nos currículos da educação básica. Enquanto eles são grandes produtores de conhecimento e novas tecnologias digitais a partir da Educação Digital, os brasileiros são majoritariamente consumidores do que eles produzem”, salienta o professor.
São Tiago
São Tiago foi selecionado para a oficina por meio de um convite da professora Fabiane. Durante um congresso científico na UFLA, ela apresentou seu trabalho de mestrado na mesma sala em que o professor Ronei estava. Foi nesse encontro que surgiu o convite para a oficina, prontamente aceito por ele.
A pesquisa do professor é financiada pela FAPEMIG e tem duração de três anos. Apesar da oficina ser voltada para alunos, no pós-doutorado o professor avalia que efeitos as propostas da PNED vão gerar para o trabalho do professor.
“Os resultados contribuirão para o planejamento da formação dos professores e também de como incorporar a Educação Digital nas escolas públicas de educação básica”, conclui Martins.
Fonte e fotos: Prefeitura de São Tiago