Mudanças fisiológicas como sonolência, pele fria e azulada, perda de apetite e respiração ruidosa podem indicar a chegada da morte, especialmente em pacientes com doenças crônicas. Em entrevista à BBC News Brasil, especialistas em cuidados paliativos ressaltaram a importância de reconhecer esses sinais e garantir um processo de fim de vida mais tranquilo e digno.
A médica Ana Claudia Quintana Arantes, referência nacional em envelhecimento e cuidados paliativos, explica que a chamada “fase ativa da morte” envolve uma sequência de transformações graduais, simbolizadas pelos quatro elementos da natureza: terra, água, fogo e ar. Essa fase, geralmente associada a enfermidades de longa duração como o câncer e a demência, marca o momento em que o corpo começa a desligar seus sistemas.
Sintomas como perda da força, inatividade do sistema digestivo, pele seca, arroxeada e fria, indicam esse processo de desligamento. Mesmo com a consciência alterada, sentidos como o tato e a audição permanecem ativos, o que reforça a importância do contato humano nesse momento. A etapa final pode incluir uma breve e surpreendente melhora, conhecida como “melhora da morte”, que permite ao paciente se despedir ou realizar um último desejo.
Médicos como Arthur Fernandes, da Academia Nacional de Cuidados Paliativos, defendem que os familiares e a equipe médica estejam preparados para lidar com a dor e os desconfortos por meio de medicamentos adequados, como a morfina, e medidas paliativas simples. A orientação é evitar procedimentos desnecessários e aproveitar esse tempo para proporcionar conforto e acolhimento ao paciente e seus entes queridos.
Da Redação Com informações da Prefeitura de São Paulo
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