Presentes em cabos de alta tensão, especialmente em áreas abertas, regiões montanhosas ou nas proximidades de aeroportos e rodovias, as esferas coloridas — geralmente vermelhas ou alaranjadas — exercem um papel fundamental na prevenção de acidentes. Apesar de pouco notadas por quem circula por terra, elas são indispensáveis para a segurança de aeronaves, aves e até embarcações.
Essas estruturas são conhecidas tecnicamente como esferas de marcação de visibilidade. Sua principal função é tornar visíveis, a longa distância, os fios de transmissão de energia elétrica, que muitas vezes se confundem com o horizonte ou com o cenário natural. A sinalização é especialmente útil para pilotos que sobrevoam áreas com baixa altitude, como vales e pistas de pouso ou decolagem, onde os riscos de colisão com a fiação aumentam consideravelmente.
A proteção se estende além do setor aéreo. Pássaros migratórios, por exemplo, frequentemente colidem com cabos quase invisíveis a olho nu, especialmente durante voos noturnos ou em condições climáticas adversas. As esferas ajudam a evitar esse tipo de impacto. Da mesma forma, em regiões fluviais ou costeiras, elas funcionam como sinalizadores para embarcações que trafegam sob as linhas de transmissão elétrica.
Fabricadas em materiais duráveis, como resina de poliéster, essas esferas têm cerca de 50 centímetros de diâmetro e pesam em torno de cinco quilos. São instaladas, em média, a cada 60 metros ao longo dos cabos, compondo um sistema de segurança visual eficiente e de baixo custo.
Portanto, essas estruturas simples evitam inúmeros acidentes todos os dias, preservando vidas humanas, a fauna e o funcionamento seguro de serviços essenciais. Com a possibilidade de paralisações no setor logístico e energético, a falta de manutenção ou instalação dessas esferas pode gerar riscos adicionais e afetar diretamente a segurança aérea e o abastecimento em diversas regiões.
Com informações: IGN
Foto: Energisa
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