Produtores que desejam aumentar a produtividade leiteira de seus rebanhos têm à disposição o trabalho de excelência realizado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) no Campo Experimental Getúlio Vargas (CEGT), localizado em Uberaba (MG). A unidade é referência nacional no processo de seleção e melhoramento genético do gado Gir Leiteiro, focando principalmente em tecnologias reprodutivas, nutrição, manejo, qualidade do leite e sustentabilidade da pecuária. Além disso, o CEGT desenvolve pesquisas voltadas à produção de mudas e à oferta de alimentos de qualidade para os rebanhos.
Divaldo Fernandes, proprietário da Fazenda Dourados, em Goiandira (GO), é um exemplo de como a genética aprimorada pode impulsionar a produção leiteira. Em 2018, Divaldo adquiriu seu primeiro touro Gir, com genética Epamig, durante o evento Pró-Genética promovido pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). Na época, a produção de leite em sua fazenda era de 12 a 15 litros por dia. Com o objetivo de otimizar a produção, o produtor investiu em um animal com genética aprimorada, o que resultou em um aumento significativo na produtividade.
Hoje, Divaldo estima que as filhas do touro adquirido podem produzir acima de 30 litros de leite por dia, uma melhoria considerável, especialmente pelo fato de ele fornecer o leite diretamente aos laticínios. O sucesso dessa parceria com a Epamig foi tão expressivo que, em 2025, Divaldo voltou ao CEGT para adquirir outro animal, reforçando seu compromisso com o aprimoramento genético do rebanho.
O programa de melhoramento genético do Gir Leiteiro, desenvolvido pela Epamig, se baseia em uma coleta sistemática de dados, seleção rigorosa de animais e uso de biotecnologias reprodutivas, como a genômica e a fertilização in vitro (FIV). De acordo com Flávio Teles Xavier, técnico do setor de bovinos da Epamig, a rotina envolve pesagens mensais, controle leiteiro oficial em parceria com a ABCZ/PMGZ e manejo adequado para garantir a sanidade e o bem-estar dos animais.
No CEGT, o trabalho é realizado a pasto, sem o uso de hormônios para estimular a produção, o que garante a produção de vacas com alta linhagem leiteira. Isso resulta em aumentos significativos na produção, muitas vezes dobrando a quantidade de leite em determinados intervalos de ordenha. Além disso, a alimentação dos animais é balanceada, especialmente nos períodos de seca, quando os rebanhos ficam em confinamento.
As pesquisas com o Gir Leiteiro no CEGT tiveram início na década de 1940 e, após um longo processo de melhoramento genético, os resultados refletem fêmeas com características essenciais para a produção leiteira, como alta produtividade, docilidade, habilidade materna, rusticidade e desempenho superior ao dos pais. Essas melhorias genéticas sustentam o uso de tecnologias reprodutivas avançadas, como a fertilização in vitro (FIV), ampliando significativamente o acesso à genética de ponta por parte dos produtores rurais de Minas Gerais.
A aquisição de touros com genética Epamig pode ser feita por meio de editais disponibilizados pela empresa, o que facilita o acesso de pequenos e grandes produtores à genética aprimorada. Mais informações sobre as vendas e estudos relacionados à genética do Gir Leiteiro podem ser obtidas por meio do e-mail: flavio.xavier@epamig.br.
O trabalho da Epamig no CEGT representa um importante avanço para a pecuária leiteira, proporcionando aos produtores rurais de Minas Gerais as ferramentas necessárias para otimizar a produção, melhorar a qualidade do leite e, consequentemente, alcançar resultados mais sustentáveis e rentáveis.
Da redação do Jornal Panorama
Com informações: Mila Cristian/agricultura.mg.gov.br
Imagem: Igor Rocha/Epamig
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