A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou na quinta-feira, 29 de maio, um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para dispensar o depoimento de quatro testemunhas relacionados à ação penal que investiga a suposta conspiração golpista. As oitivas estavam agendadas para sexta-feira, 30 de maio.
Entre as testemunhas cuja escuta foi solicitada para ser cancelada estão os ex-ministros Eduardo Pazuello, da Saúde, Gilson Machado, do Turismo, o advogado Amauri Feres Saad, apontado como suposto autor intelectual da minuta do golpe, e Ricardo Peixoto, que atuou como médico cardiologista da Presidência da República.
Entretanto, permanecem mantidos os depoimentos do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do ex-secretário de Tecnologia do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Giuseppe Dutra Janino, além de outras três testemunhas.
O ex-presidente Bolsonaro, junto com mais sete indivíduos, tornou-se réu no STF em uma ação penal que apura crimes relacionados à organização criminosa armada, tentativa de derrubada violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, além de deterioração de patrimônio protegido.
Esse grupo, chamado núcleo central da suposta trama, teve a denúncia aprovada por unanimidade pela Primeira Turma do STF no dia 26 de março. Os oito réus são Jair Bolsonaro; Walter Braga Netto, general do Exército, ex-ministro e candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022; general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional; Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal; Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa; e Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Por Eduardo Souza
Com informações: Agência Brasil
Foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil
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