Em meio às incertezas sobre os rumos da guerra na Ucrânia, moradores de Moscou acompanham com expectativa a cúpula entre Vladimir Putin e Donald Trump, que ocorre nesta sexta-feira (15), no Alasca. É o primeiro encontro entre os dois líderes desde o retorno de Trump à Casa Branca. Bonecas matrioskas com os rostos de ambos, exibidas lado a lado em uma loja turística, simbolizam a atenção voltada ao encontro.
Na capital russa, a esperança de que a reunião possa conduzir a um acordo que encerre o conflito iniciado pela ofensiva militar russa em fevereiro de 2022 é compartilhada por parte da população. “Acredito que decisões positivas serão tomadas. A guerra em curso terminará”, disse Boris, de 60 anos, na rua Arbat. Outras vozes, como a de Gennady, de 85 anos, ecoam o desejo de paz: “Chega de lutar. É hora de chegar a um acordo”.
Apesar disso, o ceticismo persiste. “As duas partes têm posições completamente opostas”, ponderou Vladimir, de 69 anos. Enquanto a Rússia mantém exigências territoriais e o fim do apoio ocidental à Ucrânia, Kiev insiste que não abrirá mão de nenhum território e exige garantias de segurança e apoio militar do Ocidente.
Sem a participação da Ucrânia na cúpula, o clima em Kiev e em outras capitais europeias é de tensão, diante do temor de que Trump possa aceitar termos favoráveis à Rússia. Diante da complexidade das negociações, até mesmo comerciantes locais evitam previsões. “Talvez na próxima semana tenhamos uma matrioska com Putin e Trump juntos”, comenta uma vendedora.
Da Redação
Com informações da imprensa russa
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