O acúmulo de massa muscular vai muito além da estética e pode ser decisivo para a sobrevivência de pacientes com câncer. Segundo o oncologista Ramon Andrade de Mello, do Centro Médico Paulista High Clinic Brazil, a musculação contribui diretamente na prevenção de quadros graves como a sarcopenia e a desnutrição, comuns em pessoas em tratamento oncológico.
A perda progressiva de massa muscular — intensificada por quimioterapia, radioterapia e inflamação sistêmica — pode levar à caquexia, um estado grave de desnutrição associado ao pior prognóstico. Estudos revelam que a presença de maior índice de massa muscular reduz significativamente o risco de mortalidade, chegando a 48% no caso de câncer de mama. A musculatura também atua como órgão endócrino, liberando substâncias que modulam o sistema imune e têm efeito antitumoral.
Diretrizes internacionais já reconhecem o exercício como parte essencial do tratamento do câncer. Um estudo publicado no New England Journal of Medicine revelou que pacientes acompanhados por consultores de atividade física apresentaram maior sobrevida livre da doença, reforçando que o exercício físico, mesmo durante a quimioterapia, é seguro e benéfico.
A prática de musculação, quando adaptada à condição clínica do paciente e supervisionada por profissionais qualificados, ajuda a preservar a massa muscular, reduz a fadiga e melhora a qualidade de vida. De acordo com Ramon, manter bons níveis de massa muscular é um investimento em saúde e pode aumentar a tolerância ao tratamento oncológico.
Da redação com informações da Prefeitura de Belo Horizonte
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