Iniciativa pioneira no país vai promover pesquisa, conservação e valorização do patrimônio cultural lítico da cidade
A cidade Congonhas deu um passo decisivo na preservação do seu patrimônio cultural ao assinar o acordo de cooperação técnica para a criação do Centro de Estudos da Pedra. A cerimônia foi realizada no Museu de Congonhas, no dia 25 de junho, e contou com a presença de representantes do Iphan-MG, UFMG, Prefeitura de Congonhas e da Fundação Municipal de Cultura, Lazer e Turismo de Congonhas (FUMCULT).
O centro será o primeiro do Brasil dedicado exclusivamente ao estudo do uso da pedra em bens culturais — material que simboliza a identidade artística e histórica da cidade, reconhecida mundialmente pelas esculturas em pedra-sabão de Aleijadinho.
O professor Antônio Gilberto, da UFMG, emocionou-se ao lembrar da longa trajetória do projeto, iniciada ainda em 2007. “Vivemos muitos avanços, recuos, ideias e dificuldades. Hoje estamos dando um passo concreto”, afirmou.
A proposta do centro é utilizar metodologias não destrutivas para pesquisar a pedra e sua aplicação em monumentos, promovendo conservação aliada à ciência. “Queremos estudar esse material tão simbólico sem danificar nada. O trabalho será feito com muito cuidado, com metodologias não destrutivas”, ressaltou Gilberto.
Um projeto de alcance nacional
O pró-reitor de Cultura da UFMG, Fernando Mencarelli, destacou o ineditismo da iniciativa e a possibilidade de integração com outras áreas do conhecimento. “É muito especial estarmos aqui presencialmente, porque essa construção foi longa e muito cuidadosa. A universidade está completamente à disposição e vê nesse projeto uma grande contribuição cultural, científica e social”.
Para o Iphan-MG, o momento marca uma renovação institucional. Segundo o coordenador técnico André Macieira, “Estamos iniciando uma fase mais próspera, com uma nova geração que chega ao IPHAN. Precisamos investir em conhecimento técnico para lidar com um patrimônio tão delicado quanto o de Congonhas”.
Formação e valorização do saber local
O diretor-presidente da FUMCULT, Pedro Geraldo Cordeiro, destacou o envolvimento coletivo na viabilização do projeto e anunciou um curso de formação em conservação de bens líticos, voltado especialmente para jovens da região. “Queremos criar um curso de conservação, junto com a UFMG e outros parceiros. Isso vai reforçar a participação da juventude nesse processo e garantir a continuidade das ações”.
Impacto cultural, turístico e econômico
Ao encerrar o evento, o prefeito de Congonhas, Anderson Cabido, reafirmou o compromisso da gestão com a valorização da história local. ““O Centro de Estudos da Pedra será fundamental para apontar novos caminhos para Congonhas — para o turismo, para a cultura e para a economia. Vamos trazer pesquisadores, gerar conhecimento e garantir que nossa história seja cuidada com carinho e seriedade”.
Com a criação do Centro de Estudos da Pedra, Congonhas se consolida como referência em pesquisa e preservação do patrimônio lítico, abrindo caminho para uma atuação cultural mais integrada, inclusiva e inovadora.
Por Redação do Jornal Panorama
Com as informações e fotos da Prefeitura de Congonhas
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