A primeira edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) representa a maior admissão de servidores federais efetivos da última década. Um total de 6.640 candidatos aprovados tomarão posse em 21 órgãos públicos federais, marcando um aumento significativo no quadro de funcionários do governo.
Os dados, provenientes do Painel Estatístico de Pessoal (PEP) do Portal do Servidor, excluem as contratações de universidades e institutos federais, que possuem legislação própria devido à autonomia das instituições de ensino. Além das vagas do CPNU, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) autorizou, em 2023, a realização de outros concursos, totalizando 2.426 cargos efetivos adicionais. Para 2024, foram autorizadas mais 2.282 vagas, e o MGI planeja uma segunda edição do “Enem dos Concursos” para o segundo semestre.
As novas admissões visam reverter a tendência de diminuição na contratação de servidores efetivos e o aumento de servidores temporários na administração pública federal. O MGI divulgou dados anuais de contratações estatutárias e temporárias desde 2014, evidenciando a flutuação nas admissões ao longo dos anos. O secretário de Gestão de Pessoas do MGI, José Celso Cardoso, rebateu críticas sobre o excesso de funcionários públicos, enfatizando a necessidade de recompor a força de trabalho para a continuidade dos serviços públicos.
Entre 2010 e 2023, aproximadamente 246 mil servidores do Executivo federal se aposentaram. O MGI projeta que mais 57 mil servidores se aposentarão entre 2024 e 2026. Atualmente, cerca de 66,3 mil servidores federais continuam trabalhando mesmo tendo condições para se aposentar, em uma situação conhecida como abono de permanência.
Por Eduardo Souza
Com Informações: Agência Brasil
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil