A multinacional CK Hutchison, com sede em Hong Kong, afirmou nesta quinta-feira (14) que o atraso na cessão de seus portos do Canal do Panamá a um consórcio liderado pelos Estados Unidos não representa um problema relevante. A venda, avaliada em US$ 19 bilhões, enfrenta resistência da China e segue em fase de negociação desde março deste ano.
O executivo Frank Sixt declarou que, embora a operação esteja “demorando muito mais do que o esperado”, o processo é compatível com a complexidade e magnitude do acordo, que, segundo ele, não deve ser concluído ainda este ano. A proposta envolve a venda de 43 portos distribuídos por 23 países, incluindo os dois terminais no Canal do Panamá.
O acordo é visto como uma vitória geopolítica para o presidente dos EUA, Donald Trump, que tem defendido a retirada do controle chinês sobre áreas estratégicas, como o canal panamenho. Em resposta, Pequim aumentou a pressão e a CK Hutchison avalia agora incluir um investidor estratégico chinês na operação. A estatal Cosco é apontada como possível interessada.
A negociação ganhou nova camada de complexidade após a Controladoria do Panamá solicitar ao Supremo Tribunal uma revisão dos acordos que autorizam a atuação da empresa no país. A medida pode interferir diretamente na conclusão do negócio com os americanos, que previa a entrega dos portos panamenhos à Global Infrastructure Partners, ligada à BlackRock.Da redação com informações da Prefeitura de Hong Kong
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