Diagnosticado com esclerose múltipla em 2010, o cartunista gaúcho Rafael Corrêa transformou sua experiência em arte e visibilidade para a doença. Na sexta-feira (30), Dia Mundial da Esclerose Múltipla, ele seguiu com a exibição do documentário Memórias de um Esclerosado, dirigido em parceria com a cineasta Thaís Fernandes. O filme, de 75 minutos, está sendo apresentado em várias cidades do país, incluindo Brasília, Belo Horizonte e Recife.
O projeto teve origem em uma autobiografia em quadrinhos que Rafael começou a produzir. Inicialmente canhoto, ele precisou adaptar sua técnica após perder mobilidade no braço esquerdo e passou a desenhar com a mão direita. Em 2015, publicou parte de seu trabalho na internet, recebendo grande repercussão e apoio de pessoas que convivem com a doença.
Além do impacto pessoal, o artista contribui para desmistificar a esclerose múltipla por meio do humor, um elemento que permeia seu trabalho. Seu filme combina animação e registros em VHS para ilustrar sua trajetória como cartunista e os desafios enfrentados. O presidente da Associação Gaúcha dos Portadores de Esclerose Múltipla (Agapem), Ricardo Faria, destaca que a falta de informação sobre a doença ainda é uma barreira para muitos pacientes.
O neurologista Alexandre Guerreiro reforça que a conscientização pode estimular diagnósticos precoces e ampliar o sucesso dos tratamentos disponíveis. A esclerose múltipla é uma doença autoimune que afeta o sistema nervoso central e, embora não tenha cura, pode ser tratada para minimizar seus impactos.
Por Eduardo Souza
Com informações: Agência Brasil
Foto: Vulcana Cinema/Divulgação
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