Durante o 11º Fórum Parlamentar do Brics, que teve início em Brasília, o governo brasileiro defendeu a consolidação institucional do grupo e expressou a expectativa de que a próxima cúpula de líderes, marcada para os dias 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro, represente um marco de renovação das metas do bloco, composto atualmente por 11 países-membros e nove nações parceiras.
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, no exercício da Presidência, afirmou no plenário do Senado que a ampliação recente do grupo demanda maior unidade e eficácia. Alckmin ressaltou que desafios como saúde global, transição energética, avanços tecnológicos e segurança internacional requerem ações conjuntas, destacando o papel estratégico dos parlamentos nacionais nesse cenário.
A presidência brasileira no Brics em 2025 coincide com a fase de expansão do bloco e com o início do novo mandato de Donald Trump nos Estados Unidos, cuja política externa tem se afastado do multilateralismo. Para Alckmin, a diversidade cultural, histórica e de modelos de desenvolvimento dos países do Brics é uma vantagem que deve ser explorada com base no que une os membros, e não nas diferenças.
Durante o evento, a secretária-geral do Ministério das Relações Exteriores, embaixadora Maria Laura da Rocha, enfatizou o compromisso do Brasil com uma liderança ativa e propositiva. Ela informou que, até o fim de maio, foram promovidas 160 reuniões oficiais sob a presidência brasileira, em preparação para a cúpula de julho.
Entre as metas centrais do Brics estão a reforma de instituições internacionais, a fim de ampliar a representação de países da África, Ásia e América Latina, além do fortalecimento da diplomacia multilateral. O bloco também defende o incremento do comércio entre países do Sul Global, com uso de moedas nacionais e acordos focados no crescimento econômico sustentável.
O Brics, inicialmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, passou a contar com novos membros permanentes em 2024, incluindo Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos. Em 2025, a Indonésia se integrou ao grupo e foi criada a categoria de países parceiros, com a entrada de Belarus, Bolívia, Cuba, Cazaquistão, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão.
Por Eduardo Souza
Com informações: Agência Brasil
Foto: Lula Marques/Agência Brasil
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