O Brasil confirmou o primeiro caso de carcinoma espinocelular associado a implantes de silicone mamário. A paciente, uma mulher de 38 anos, morreu após complicações da doença. O caso ocorreu em 2023 e foi divulgado no último mês com a publicação de um estudo na revista Annals of Surgical Oncology, coordenado pelo mastologista Idam de Oliveira Júnior, do Hospital de Amor, em Barretos.
Embora o tumor surja na região da mama, não se trata de um câncer de mama convencional. O carcinoma espinocelular se desenvolve nas células da cápsula fibrosa formada pelo corpo ao redor do implante, geralmente após anos de uso. A paciente havia feito uma mamoplastia em 2005 com próteses de 200 ml e, 18 anos depois, apresentou aumento do volume mamário, dor e massa local. O câncer foi diagnosticado após a retirada da cápsula e posterior biópsia.
O caso chama a atenção pela agressividade da doença e pelo diagnóstico geralmente tardio. Segundo o estudo, há apenas 17 casos semelhantes descritos na literatura médica mundial. Os especialistas reforçam, no entanto, que se trata de uma condição rara e que a descoberta visa alertar os profissionais da saúde, não alarmar a população.
Outro câncer raro relacionado a próteses é o linfoma anaplásico de grandes células, associado ao uso prolongado de implantes texturizados. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já havia adotado medidas preventivas em 2019, com a suspensão de produtos da marca Allergan. Especialistas orientam que pacientes com implantes procurem avaliação médica caso notem alterações como dor, seroma persistente ou aumento de volume em uma das mamas.
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Da Redação com informações da Prefeitura de Barretos
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