O Comitê Olímpico e Paralímpico dos Estados Unidos (USOPC) passou a proibir a participação de mulheres transgêneros em competições femininas. A mudança foi publicada na segunda-feira (21), por meio da atualização da “Política de Segurança do Atleta” (PSA), no site oficial da entidade. A decisão cumpre a ordem executiva 14201, assinada em fevereiro pelo presidente Donald Trump, que proíbe a participação de “homens em esportes femininos”.
Embora o documento de 27 páginas não mencione diretamente a palavra “transgênero”, a publicação inclui uma nota oficial afirmando que a nova política segue integralmente a diretriz federal. A medida prevê a suspensão de recursos financeiros a organizações esportivas que permitirem a participação de atletas trans em competições femininas.
“Nossa política revisada enfatiza a importância de garantir ambientes de competição justos e seguros para as mulheres. Todos os órgãos governamentais nacionais são obrigados a atualizar suas políticas aplicáveis em conformidade”, afirmaram a diretora-executiva do USOPC, Sarah Hirshland, e o presidente Gene Sykes. Com isso, cerca de 50 entidades ligadas ao comitê — como federações de natação, atletismo e esgrima — deverão adequar suas regras. Clubes filiados a essas organizações também precisarão seguir a norma para manter sua filiação.
A primeira a aderir à nova diretriz foi a NCAA, associação que regula os esportes universitários nos Estados Unidos, que anunciou a mudança um dia após a assinatura da ordem executiva. A medida já gera reações e promete acirrar o debate sobre identidade de gênero, inclusão e equidade no esporte, especialmente com a aproximação dos Jogos Olímpicos de 2028, que serão sediados em Los Angeles, na Califórnia.
Da Redação do Jornal Panorama
Com as informações da Agência Brasil
Foto: Katie Rainbow
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