Com o avanço do inverno em Belo Horizonte, a combinação de ar seco e temperaturas mais baixas tem elevado os casos de crises respiratórias, especialmente entre pessoas com histórico de rinite, sinusite e asma. Segundo a otorrinolaringologista Cristiane Passos Dias Levy, do Hospital Paulista, tanto a baixa quanto a alta umidade do ar afetam diretamente as vias respiratórias, mas o ar seco é particularmente agressivo.
Durante esta época do ano, os níveis de umidade relativa do ar frequentemente ficam abaixo dos 30%, valor considerado crítico pela Organização Mundial da Saúde, que recomenda índices entre 40% e 60%. Esse ressecamento reduz a produção do muco protetor das vias aéreas, facilitando a entrada de vírus, bactérias e alérgenos, além de agravar doenças respiratórias crônicas.
Além do ar seco, ambientes com umidade excessiva e pouca ventilação também são prejudiciais, favorecendo a proliferação de mofo e ácaros. Já o frio, embora com impacto indireto, provoca vasoconstrição nasal, aumenta o muco e contribui para infecções como gripes, resfriados e sinusites. A exposição ao frio também aumenta o tempo em locais fechados, favorecendo a disseminação de vírus respiratórios.
Entre as medidas de prevenção estão manter a umidade do ar entre 40% e 60%, usar soro fisiológico para hidratar as vias respiratórias, ventilar os ambientes e manter a hidratação corporal. A médica reforça que pequenas mudanças no ambiente são fundamentais para a saúde respiratória, principalmente em períodos de baixa umidade.
Da redação com informações da Prefeitura de Belo Horizonte
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