Tombada pelo Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Cultural, a edificação foi reaberta em missa solene. Projeto de renovação foi contemplado pela plataforma Semente, do MPMG
Em Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a primeira igreja mineira construída totalmente em alvenaria foi reinaugurada nesse sábado, dia 9 de agosto. A obra do projeto “Ilumina e Restaura – Igreja Matriz de Nossa Senhora do Bom Sucesso”, proposto pela Associação de Desenvolvimento Regional Integral (Aderi), resultou na restauração e iluminação do patrimônio. A execução contou ainda com a limpeza técnica dos elementos artísticos presentes na matriz.
Carlos Barbosa, da Arquidiocese de Belo Horizonte, comentou sobre a importância do restauro da edificação para a população local: “O que eu percebi é que hoje eles recebem isso com júbilo, eles recebem o restauro sendo restaurados também. Se a gente cuida bem da mãe, os filhos realmente vão agradecer.”
A obra teve início em 2024. Foi viabilizada por meio da Plataforma Semente, com recursos de medidas compensatórias destinadas pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). O procurador-geral adjunto institucional, Hugo Barros, fala sobre o impacto da obra na vida da comunidade: “Hoje foi uma noite especial. O Ministério Público entregou pra comunidade de Caeté a Igreja Mariz de Nossa Senhora do Bom Sucesso restaurada, novinha em folha, para que não só a comunidade de fiéis aqui, mas todo o cidadão caeteense, possa, de agora em diante, usufruir desse bem histórico, religioso e cultural mineiro.”
Depois de 18 meses, a matriz volta com sua programação normal. Maria Letícia Ticle, supervisora de patrimônio da Plataforma Semente, comenta: “Participar de um momento desse junto com a comunidade é muito gratificante pra gente que trabalha com patrimônio cultural.”
A celebração também marcou o retorno ao local de duas imagens restauradas, de Cristo do Sermão da Montanha, de autoria desconhecida, e da primitiva da padroeira. Peça do século 18, o Cristo do Sermão da Montanha foi localizado no acervo do Museu Mineiro. A escultura volta ao seu altar original após estudo do MPMG e do Memorial Arquidiocesano, que comprovaram a vinculação da obra de arte com os bens culturais do templo, também do século 18. O objeto de fé, feito em madeira, ficará no altar, perto de Nossa Senhora da Conceição e de São Francisco.
Fonte: MPMG
Foto: Amanda Bastos/ Plataforma Semente
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