O Boletim InfoGripe produzido pela Fiocruz foi divulgado na quinta-feira (26/6), com destaque para a continuidade da elevada incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em grande parte dos estados. Entre os agentes virais responsáveis pelos quadros graves no país estão os vírus da influenza e o vírus sincicial respiratório (VSR), com registros de hospitalizações crescentes nos estados das regiões Centro‑Sul, Norte e Nordeste, enquanto Tocantins apresentou queda significativa nos casos, atingindo níveis considerados seguros.
Os dados correspondem à Semana Epidemiológica 25, de 15 a 21 de junho, e mostram indícios de estabilidade ou redução da SRAG em diversos estados das regiões Centro‑Oeste, Sudeste, Norte e Nordeste. Em contrapartida, o VSR se sobressai, sobretudo por provocar internações entre crianças pequenas, especialmente nas regiões Sul, Nordeste, Norte e em Mato Grosso. A disparidade entre as regiões exige diferentes estratégias de acompanhamento e intervenção.
Conforme o InfoGripe, a composição dos casos positivos nas últimas quatro semanas foi de 37,5 % influenza A, 0,9 % influenza B, 45,6 % VSR, 19,2 % rinovírus e 1,6 % SARS‑CoV‑2. Já entre os óbitos, essas porcentagens foram de 75,4 % para influenza A, 13,4 % para VSR, 8,9 % rinovírus, 3,4 % SARS‑CoV‑2 e 1,3 % influenza B.
Dos 27 estados, 12 encontram‑se em nível de alerta, risco ou alto risco com tendência de crescimento da SRAG, incluindo Alagoas, Bahia, Mato Grosso, Minas Gerais e outros. Enquanto isso, em adultos e idosos, há sinais de estabilização ou queda em parte dessas regiões, embora ainda com incidência elevada. Entre crianças, os números seguem ascendentes em áreas do Sul, Nordeste e Norte, demandando atenção reforçada nesses grupos etários.
A pesquisadora Tatiana Portella, do InfoGripe, reforçou a importância da vacinação imediata para os que ainda não se imunizaram contra a influenza e recomendou o uso de máscara em locais fechados, higienização das mãos, etiqueta respiratória e uso de máscaras em caso de tosse ou coriza. A conclusão aponta que, embora haja início de redução da SRAG nas faixas etárias e regiões mais afetadas, a manutenção de cautela e adoção de medidas preventivas são essenciais para controlar a circulação dos vírus respiratórios.
Com informações: Agência Gov
Foto: Tony Winston/Agência Brasília
Jornal Panorama Minas – Grande Circulação – Noticiando o Brasil, Minas e o Mundo – 50 Anos de Jornalismo Ético e Profissional