O mês de agosto é marcado pelo movimento “Agosto Dourado”, que visa conscientizar a sociedade sobre a importância do aleitamento materno. Durante este período, a Rede Fhemig intensifica suas ações em diversas maternidades, reforçando o apoio, a promoção e a proteção à amamentação. As unidades de saúde como a Maternidade Odete Valadares (MOV), em Belo Horizonte, o Hospital Júlia Kubitschek (HJK) e o Hospital Regional João Penido (HRJP), em Juiz de Fora, atuam de forma destacada em campanhas de incentivo e orientações sobre a amamentação, sendo todas certificadas como hospitais “Amigos da Criança” pelo Ministério da Saúde.
Uma história que reflete bem o impacto da rede de apoio à amamentação é a de Edna Aparecida Gomes, mãe de Esther, uma menina que nasceu prematura em agosto de 2024, devido a um episódio de pré-eclâmpsia. A criança foi internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) da MOV e, nesse período, Edna recebeu apoio fundamental das profissionais de saúde, tanto na orientação para amamentação quanto no apoio psicológico, já que estava bastante abalada emocionalmente.
“Desde o primeiro dia que eu estava na UTI, já recebi todas as orientações possíveis sobre a amamentação e sua importância, além de ter tido todo apoio psicológico”, recorda Edna. Nos primeiros dias, Esther foi alimentada com leite doado pelo Banco de Leite Humano, um serviço de referência no apoio ao aleitamento materno. Para Edna, o esforço valeu a pena: “O início da amamentação foi em meio a lágrimas e dores, mas hoje me sinto grata porque vencemos. O aleitamento materno foi fundamental para a evolução de Esther.”
Campanha Agosto Dourado 2025
Em 2025, o tema da campanha “Agosto Dourado” é “Priorize a Amamentação: Crie Sistemas de Apoio Sustentáveis”. O objetivo é reforçar que o aleitamento materno não é apenas um cuidado individual entre mãe e bebê, mas um esforço coletivo da sociedade. Karine Antunes, coordenadora do Banco de Leite Humano da MOV, enfatiza que a amamentação é uma responsabilidade compartilhada: “Priorizar a amamentação é uma decisão estratégica de saúde pública e que depende de redes de apoio contínuas e eficazes.”
Para Ana Paula dos Santos Marques, coordenadora da maternidade do Hospital Júlia Kubitschek, algumas práticas essenciais no apoio à amamentação incluem o acolhimento das mães, a criação de um ambiente calmo e seguro para o aleitamento e a escuta empática, sem julgamentos. “A amamentação é um ato natural, mas nem sempre fácil, e por isso o apoio constante faz toda a diferença”, afirma.
Teletrabalho para servidoras lactantes
Um avanço importante relacionado ao apoio à amamentação foi a publicação, em 9 de julho de 2025, da Resolução Seplag nº 044/2025, que garante a possibilidade de teletrabalho para servidoras lactantes. A medida beneficia as servidoras no período entre o fim da licença-maternidade e até os 24 meses do bebê, permitindo maior flexibilidade no trabalho para garantir a saúde, bem-estar e o vínculo materno-infantil.
Essa resolução representa um avanço significativo na organização do serviço público em Minas Gerais, beneficiando diretamente as servidoras e suas famílias. No entanto, o decreto não se aplica às unidades assistenciais da administração pública, conforme o Decreto nº 48.275/2021, que regulamenta a Política de Teletrabalho no Executivo.
Da redação do Jornal Panorama
Com informações e imagem: Fhemig