A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta segunda-feira (18), duas novas indicações para o medicamento oncológico Tibsovo (ivosidenibe), voltado ao tratamento da leucemia mieloide aguda (LMA) com mutação no gene IDH1. O remédio, já registrado no Brasil desde 2024 para uso em colangiocarcinoma, agora também poderá ser utilizado em combinação com azacitidina para pacientes recém-diagnosticados inelegíveis à quimioterapia intensiva, e em monoterapia para casos recidivados ou refratários.
A LMA é uma forma agressiva de câncer hematológico, responsável por até 30% dos casos de leucemia no país. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), são estimados entre 2,3 mil e 3,4 mil novos diagnósticos por ano no Brasil. A aprovação amplia o acesso a terapias-alvo específicas, que atuam em mutações genéticas detectadas por testes laboratoriais, como a IDH1 R132.
Estudos clínicos indicam que o tratamento com ivosidenibe, especialmente em combinação com azacitidina, pode oferecer benefícios expressivos. No estudo AGILE, pacientes com LMA mutada apresentaram sobrevida média de 29,3 meses, contra 7,9 meses no grupo controle. Além disso, taxas de remissão e independência transfusional foram significativamente maiores.
A diretora de Oncologia da Servier, Fernanda Salek, destacou que esta é a primeira terapia direcionada aprovada no país para mutações em IDH1 em pacientes com LMA recém-diagnosticados ou com recaídas. A nova indicação representa uma alternativa importante para pacientes que até então tinham opções limitadas de tratamento.
Da Redação com informações da Prefeitura de Brasília
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