Uma das supermodelos mais icônicas dos anos 1980, Paulina Porizkova viu sua imagem estampar capas de revistas e campanhas milionárias, enquanto escondia um passado marcado por abandono, exclusão e abusos. Aos 59 anos, ela rompe o silêncio sobre a pressão estética sobre mulheres mais velhas e as dificuldades enfrentadas desde a infância, tornando-se uma referência na defesa do envelhecimento natural.
Nascida em 1965 na então Tchecoslováquia, Paulina foi separada dos pais ainda pequena após a invasão soviética e criada pelos avós. Tornou-se símbolo da infância sob o regime comunista sem saber, sendo retratada pela mídia sueca enquanto seus pais lutavam pela sua custódia. Reencontrou a mãe aos sete anos, em um retorno marcado por frustração e estranhamento. Aos oito, foi levada à Suécia, onde sofreu bullying e agressões físicas.
Aos 14 anos, após ser notada em uma foto feita por uma amiga, Paulina foi descoberta por um agente e convidada a iniciar uma carreira de modelo em Paris. Tornou-se uma das primeiras supermodelos do mundo. No entanto, a fama não apagou as cicatrizes. Hoje, ela denuncia a misoginia na indústria da moda e a invisibilidade das mulheres com o avanço da idade.
Em suas falas recentes, Paulina defende a valorização do corpo natural e o direito das mulheres de envelhecerem sem serem pressionadas por padrões inalcançáveis. Sua trajetória, marcada por superação e reconexão consigo mesma, vem inspirando discussões sobre representatividade, autoestima e saúde mental no envelhecimento.
Da Redação com informações da Prefeitura de São Paulo
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