Apesar da queda no número de fumantes tradicionais no Brasil, o uso de cigarros eletrônicos — também conhecidos como vapes — cresce, principalmente entre os jovens. Em Belo Horizonte, profissionais de saúde e autoridades alertam para os riscos dessa nova forma de consumo de nicotina, que pode causar dependência e graves prejuízos à saúde respiratória, cardiovascular e neurológica.
Os vapes aquecem líquidos com nicotina e outras substâncias para gerar aerossol, sem combustão de tabaco. No entanto, estudos apontam que liberam mais partículas finas, metais pesados e nicotina do que os cigarros convencionais. A Organização Mundial da Saúde, a Anvisa e especialistas como o pneumologista Luiz Fernando Ferreira Pereira, do Hospital Biocor Rede D’Or e do Hospital das Clínicas da UFMG, alertam para o potencial de dependência, doenças graves e riscos acidentais, como explosões e intoxicações.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) manteve em 2024 a proibição da fabricação, venda e uso de vapes em ambientes fechados no Brasil. Ainda assim, estima-se que o consumo aumentou 600%, alcançando mais de 3 milhões de usuários, impulsionado pelas redes sociais, facilidade de acesso e presença de flavorizantes que atraem especialmente o público jovem.
Autoridades reforçam que o uso de vapes pode levar ao consumo de cigarros comuns e aumentar o risco de dependência de outras drogas. O tratamento para fumantes é gratuito pelo SUS, com apoio comportamental e medicamentos. A prefeitura destaca que ações de fiscalização, apreensões e campanhas educativas estão sendo ampliadas na capital mineira.
Da Redação
Com informações da Prefeitura de Belo Horizonte
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