O colesterol alto é considerado uma das principais ameaças à saúde vascular no Brasil, afetando mais de 40% da população, segundo estimativas. A condição, que não apresenta sintomas na maioria dos casos, está associada a cerca de 300 mil infartos e 100 mil acidentes vasculares cerebrais (AVCs) isquêmicos por ano, de acordo com dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e da Organização Mundial da Saúde (OMS).
De acordo com o cirurgião vascular Marcelo José de Almeida, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo (SBACV-SP), o colesterol LDL elevado contribui para a formação de placas de gordura nas artérias, processo chamado aterosclerose. Esse estreitamento e endurecimento das artérias pode dificultar o fluxo sanguíneo e levar a infarto ou AVC. Ele destaca ainda que hábitos saudáveis e o uso de medicamentos, como as estatinas, são eficazes na redução dos riscos.
O especialista alerta que o colesterol alto raramente apresenta sinais clínicos e só pode ser identificado por meio de exames laboratoriais. Entre as complicações mais comuns estão infarto, AVC, angina e doença arterial periférica. Grupos de risco incluem pessoas com histórico familiar, diabéticos, hipertensos, fumantes, idosos, homens acima de 45 anos e mulheres após a menopausa.
No caso de histórico familiar de hipercolesterolemia, condição genética que eleva o colesterol, recomenda-se a realização de exames a partir dos dez anos de idade para diagnóstico precoce e início do tratamento.
Da Redação
Com informações do Estado de Minas.
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