O governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, voltou a se manifestar contra decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) após o ministro Alexandre de Moraes decretar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. Pelo perfil oficial do Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental, ligado ao Departamento de Estado norte-americano, o órgão ameaçou responsabilizar quem colaborar com a medida judicial brasileira.
“Deixem Bolsonaro falar! Os Estados Unidos condenam a ordem de Moraes que impôs prisão domiciliar a Bolsonaro e responsabilizarão todos aqueles que colaborarem ou facilitarem condutas sancionadas”, publicou o órgão. Em nova postagem, o secretário-adjunto Cristopher Landau acusou Moraes de “impulsos orwellianos” e disse que o STF arrasta o país para “uma ditadura judicial”.
A manifestação gerou reação no Brasil. O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), classificou a postura como “inaceitável” e afirmou que o país não se submeterá a pressões estrangeiras. “O Brasil não será protetorado de luxo nem neocolônia da extrema direita internacional”, disse.
Bolsonaro é investigado por suposta tentativa de golpe de Estado e por articular, com apoio do filho Eduardo Bolsonaro e de aliados nos EUA, sanções contra ministros do STF. A prisão domiciliar foi determinada após descumprimento de restrições judiciais, quando Bolsonaro se manifestou em vídeo divulgado pelo filho, o senador Flávio Bolsonaro. Sua defesa prometeu recorrer, alegando que não houve infração às medidas cautelares.
Com informações da Prefeitura de Brasília
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