Levantamento divulgado nesta quinta-feira (7) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que 50,7% das exportações brasileiras aos Estados Unidos serão impactadas por uma tarifa combinada de 50%. A sobretaxa, determinada pelo presidente norte-americano Donald Trump, inclui um imposto adicional de 40% sobre os 10% já em vigor, atingindo principalmente setores industriais estratégicos do Brasil.
De acordo com o estudo, 7.691 produtos estão sujeitos ao novo imposto, com destaque para os segmentos de vestuário e acessórios (14,6%), máquinas e equipamentos (11,2%), produtos têxteis (10,4%), alimentos (9,0%), químicos (8,7%) e couro e calçados (5,7%). Além disso, setores já penalizados pela Seção 232 — como aço, alumínio e cobre — também enfrentarão a tarifa de 50%, representando 9,3% do total exportado ao mercado norte-americano.
Diante do impacto, empresários brasileiros já calculam os prejuízos e pressionam o governo federal por medidas de mitigação. A CNI propôs ações como linhas de crédito subsidiadas, adiamento de tributos federais, extensão de prazos cambiais, reativação do Programa Seguro-Emprego (PSE) e aplicação de direitos provisórios antidumping para proteger a indústria nacional.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, encaminhou nesta quinta-feira ao Palácio do Planalto um pacote com medidas emergenciais voltadas aos setores mais afetados. A estratégia do governo pode incluir anúncios escalonados, ajustados conforme o grau de prejuízo por setor e empresa. A data de divulgação oficial das ações, no entanto, ainda será definida pela Presidência.
Da Redação do Jornal Panorama
Com informações da CNI
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Jornal Panorama Minas – Grande Circulação – Noticiando o Brasil, Minas e o Mundo – 50 anos de jornalismo ético e profissional