A Polícia Civil do Rio de Janeiro, com apoio do Ministério Público estadual, cumpriu mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra líderes e membros de um grupo especializado no furto de petróleo bruto da Petrobras Transporte (Transpetro), em Além Paraíba, Minas Gerais; dois suspeitos foram detidos na ação realizada hoje (2 de julho).
As investigações revelam que a organização criminosa vinha atuando de forma estruturada há vários anos e mesmo assim persistiu após ser alvo de outras cinco operações policiais. O inquérito começou depois de uma tentativa, em agosto do ano passado, de retirar petróleo em Rio das Flores (RJ), quando técnicos localizaram um túnel de aproximadamente sete metros escavado para acessar clandestinamente a tubulação. O método, conhecido como trepanação, perfura o duto para instalar uma válvula e desviar o combustível; naquela ocasião, a ação integrada entre o setor de segurança da empresa e a Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) impediu o crime e evitou um desastre ambiental nas proximidades do Rio Paraíba do Sul, responsável pelo abastecimento de água de três estados.
O inquérito aponta que o grupo utilizava veículos alugados em nome de terceiros, contas bancárias de laranjas e comunicação criptografada para dificultar a identificação dos responsáveis. O conjunto de provas demonstra o envolvimento direto dos líderes no planejamento, financiamento e execução dos furtos, reiterando a reincidência apesar das medidas cautelares impostas anteriormente pela Justiça.
Em nota, a Transpetro informou que o furto de petróleo e derivados é sua maior preocupação em termos de segurança e meio ambiente. A companhia adota três frentes de combate: tecnologias de detecção rápida operadas pelo Centro Nacional de Controle e Logística (CNCL); trabalho comunitário de conscientização com divulgação do telefone 168; e convênios permanentes com órgãos de segurança pública. Segundo a empresa, essas ações reduziram em cerca de 90 % o número de derivações clandestinas, de 201 casos em 2020 para 25 no ano passado, reforçando a importância da cooperação entre Estado e sociedade para proteger os dutos e o meio ambiente.
Da redação do Jornal Panorama
Com informações: Agência Brasil
Imagem: Tânia Rêgo/Arquivo/Agência Brasil
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