Durante o ESG Summit promovido pela revista Exame, realizado na cidade de São Paulo na quarta-feira, 25 de junho, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) destacou as iniciativas estruturantes adotadas frente aos efeitos das mudanças climáticas. O presidente da empresa, Fernando Passalio, participou do painel “Eventos Climáticos Extremos e a Necessidade de Adaptação” e abordou os investimentos realizados para assegurar o abastecimento de água em meio a estiagens e enchentes cada vez mais frequentes.
Passalio mencionou que, ao longo de 2024, o estado de Minas Gerais enfrentou aproximadamente seis meses de seca intensa seguidos por chuvas muito acima da média histórica. Como resposta a esse cenário de extremos, a Copasa tem investido em obras e tecnologia. Entre os projetos em andamento está a adutora do Sistema São Francisco, no Norte de Minas, que já garante o fornecimento de água mesmo nos períodos de estiagem, com investimento de R$ 264 milhões. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, ações adotadas desde 2023 evitaram interrupções significativas no abastecimento, mesmo com aumento de consumo em 2024.
No Leste do estado, mais de R$ 53 milhões foram aplicados para eliminar rodízios históricos, como no distrito de Bom Jesus dos Cardosos, que superou cinco anos de racionamento contínuo. Além das obras físicas, a empresa investe na perfuração de poços, construção de reservatórios, modernização de redes e na criação de um sistema próprio de predição de seca hidrológica com base em dados meteorológicos e fluviais. Também foram destacadas as ações do Pró-Mananciais, que protege microbacias hidrográficas em 288 municípios com recursos de R$ 140 milhões e promove educação ambiental, revegetação e recuperação de nascentes.
Entre os programas sustentáveis citados está o Universaliza Minas, iniciativa de saneamento rural que já leva água potável e esgotamento sanitário a comunidades antes excluídas. Passalio também enfatizou a transição energética da Copasa, que reduziu em mais de 36 mil toneladas as emissões de CO₂ em 2024 com o uso de fontes renováveis. O reúso de efluente tratado para fins industriais, como o fornecido à empresa Metalsider, também foi citado como modelo de eficiência. Encerrando sua participação, o presidente reiterou que a adaptação climática, aliada a gestão de riscos, não é uma alternativa, mas uma necessidade para garantir dignidade, saúde e resiliência à população mineira.
Com informações: Agência Minas
Imagem: Copasa / Divulgação
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