A bola vai rolar nesta quinta-feira (5), às 20h (horário de Brasília), em Guayaquil, no Estádio Monumental Isidro Romero Carbo, para um momento que promete ser um divisor de águas na história recente da seleção brasileira. É o primeiro capítulo da era Carlo Ancelotti — ou pelo menos o início de seu legado, já que o italiano, assume com voz ativa o comando técnico do Brasil nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo.
Ancelotti não escondeu a empolgação ao falar da oportunidade. “Estar aqui é algo muito bonito para a minha carreira. É a primeira vez que treino uma seleção, e ainda por cima a do Brasil, que é histórica. Tenho muita motivação para fazer o melhor possível. O que vejo nos jogadores me dá confiança: a gana que eles têm para vestir a camisa amarela”, afirmou o treinador na coletiva esta semana.
A missão já começa com peso. O Brasil chega ao confronto ocupando a quarta colocação nas Eliminatórias, com 21 pontos, pressionado por uma sequência ruim e pela última atuação sob o comando de Dorival Júnior — a traumática goleada por 4 a 1 para a Argentina, que custou o cargo do treinador. Vencer o Equador fora de casa, portanto, é mais do que necessário: é urgente para manter viva a tranquilidade rumo ao Mundial.
Ancelotti já deu pistas do que espera em campo: nada menos que uma atuação completa. “Não basta fazer só uma coisa bem. Acredito que vamos ir bem ofensivamente pela criatividade do grupo. Mas, na defesa, precisamos ser uma equipe solidária, que luta junta. Os dois aspectos são fundamentais. Quero uma equipe que jogue a partida inteira com intensidade”, declarou.
Para colocar sua ideia em prática, o italiano pode lançar mão de uma formação inédita. A grande novidade pode ser a estreia do zagueiro Alex que atua no Lille, da França. A escalação provável conta com: Alisson; Vanderson, Marquinhos, Alex e Alex Sandro; Casemiro, Bruno Guimarães e Gerson; Estêvão, Richarlison e Vinicius Júnior.
Com alguns novos nomes, novo técnico e um novo espírito, o Brasil pisa no gramado do Monumental não só em busca de três pontos, mas de uma reconexão com sua identidade — aquela que o mundo inteiro aprendeu a respeitar e temer.
Por: Sérgio Monteiro
Com informações da CBF e ESPN
Foto: CBF
Jornal Panorama Minas – Grande Circulação – Noticiando o Brasil, Minas e o Mundo – 50 Anos de Jornalismo Ético e Profissional