Matéria atualizada em 23/05/25 às 14h58min.
O renomado fotógrafo Sebastião Salgado faleceu aos 81 anos, conforme comunicado oficial divulgado pelo Instituto Terra, organização não governamental criada por ele. A nota destacou a trajetória do fotógrafo como símbolo de transformação e compromisso com causas ambientais e sociais.
Segundo o Instituto Terra, a atuação de Salgado ultrapassou os limites da fotografia. A entidade ressaltou que sua obra revelou as contradições do mundo, enquanto sua trajetória pessoal demonstrou o impacto da ação consciente.
Nascido em 1944 no estado de Minas Gerais, Salgado iniciou sua carreira como fotógrafo em 1973 e, ao longo de cinco décadas, percorreu mais de 100 países desenvolvendo projetos que retratam as desigualdades sociais, o trabalho humano, os fluxos migratórios e a preservação ambiental.
Ao lado da esposa, Lélia Deluiz Wanick Salgado, fundou o Instituto Terra, dedicado à recuperação de áreas degradadas do Vale do Rio Doce. Ambos promoveram o plantio de mais de 2,5 milhões de árvores como parte dos esforços de recuperação da Mata Atlântica. O fotógrafo deixa dois filhos.
A notícia sobre do falecimento do fotógrafo repercutiu entre autoridades mineiras. Em nota oficial, o senador Rodrigo Pacheco (PSD) homenageou Salgado, definindo-o como um ícone da fotografia mundial. Pacheco ressaltou a capacidade do artista de comover o público tanto pela beleza de sua obra quanto pela profundidade com que abordou temas da realidade humana.
O deputado federal Reginaldo Lopes (PT) descreveu o mineiro como mais do que um fotógrafo, chamando-o de “contador de verdades” e elogiando sua coragem diante das injustiças. Lopes afirmou que o legado de Salgado permanece vivo por meio de cada registro que ele produziu.
A deputada federal Célia Xakriabá (PSOL) lamentou a perda, destacando a importância do olhar do fotógrafo sobre os povos indígenas, que, segundo ela, revelou ao mundo sua resistência, cultura e dignidade. Já Duda Salabert (PDT) ressaltou o trabalho ambiental desenvolvido por Salgado por meio do Instituto Terra e afirmou que suas imagens em preto e branco expuseram tanto a beleza quanto as desigualdades do planeta.
A morte de Sebastião Salgado representa uma perda significativa para a arte e para os movimentos de conservação ambiental. Sua produção fotográfica e engajamento social deixaram um legado profundo, que seguirá inspirando novas gerações.
Por Eduardo Souza
Com informações: Agência Brasil e redes sociais
Foto: Instituto Terra/Instagram