Cerca de 200 estudantes do ensino médio de 29 países iniciam nesta quarta-feira, 7 de maio, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), sua participação na 59ª edição da Olimpíada Internacional de Química Mendeleev (IMChO) — uma das mais tradicionais e desafiadoras competições científicas do mundo. Pela primeira vez em sua história, a IMChO será realizada fora da Ásia e da Europa, consolidando o Brasil como referência na promoção de eventos de excelência científica.
Com provas teóricas e práticas aplicadas até o dia 12 de maio, a competição ocupa as salas e laboratórios do Departamento de Química do Instituto de Ciências Exatas (Icex), no campus Pampulha. A IMChO é voltada à identificação e ao estímulo de jovens talentos na área da química, reunindo participantes de diversas origens culturais e educacionais em torno de um mesmo propósito: a paixão pela ciência.
Criada originalmente na Faculdade de Química da Universidade Estatal de Moscou Lomonosov, a olimpíada homenageia Dmitry Mendeleev, químico russo responsável pela criação da Tabela Periódica dos Elementos. A organização da edição brasileira é fruto da colaboração entre a UFMG, a universidade russa e a Fundação Melnichenko, entidade que reconhece os vencedores com o Prêmio Acadêmico Valery Lunin, um dos nomes mais influentes na história da IMChO.
A abertura oficial do evento foi realizada na terça-feira (6), no Palácio das Mangabeiras, com a presença da reitora da UFMG, Sandra Regina Goulart Almeida, e de representantes dos governos federal, estadual e municipal, além de dirigentes da Universidade Estatal de Moscou e da Fundação Melnichenko.
Além do Brasil, participam desta edição delegações de países como Áustria, Japão, Israel, Hungria, China, Coreia do Sul, México, Bolívia, Irã e Catar, entre outros. A diversidade geográfica e cultural reforça o caráter internacional da competição e proporciona uma rica troca de experiências entre jovens cientistas e educadores.
Durante o torneio, os estudantes enfrentarão três rodadas de testes: duas teóricas, de diferentes níveis de complexidade e abrangência — que podem incluir química orgânica, inorgânica, física, analítica e biológica —, e uma rodada prática, com cinco horas de duração. Nesta etapa experimental, os alunos deverão demonstrar precisão e conhecimento ao realizar análises e manipular substâncias nos laboratórios da universidade.
Enquanto os estudantes se dedicam às provas, seus mentores participam de uma programação paralela com seminários, mesas-redondas e masterclasses, que fomentam a cooperação científica entre instituições de diferentes países.
Os melhores colocados na IMChO receberão medalhas de ouro, prata e bronze, além de prêmios adicionais concedidos por algumas delegações, como bolsas de estudos e recompensas em dinheiro, reforçando o prestígio e o impacto transformador da competição na vida dos participantes.
Por Leonardo Souza
Com as informações: UFMG
Foto: Flávio de Almeida / UFMG