A temporada de furacões no Atlântico de 2025 promete ser mais intensa do que o habitual, de acordo com a previsão divulgada pela Universidade Estadual do Colorado (CSU). Especialistas da instituição antecipam uma atividade acima da média, com uma série de tempestades tropicais que podem ter impactos significativos em várias regiões costeiras. A previsão é de que, ao longo do ano, haja 17 tempestades tropicais nomeadas, das quais 9 se tornarão furacões, e 4 atingirão a categoria 3 ou superior, considerada ‘grande’ para a intensidade dos furacões, afirmam os meteorologistas.
O aumento das temperaturas das águas no Atlântico subtropical e no Caribe será um dos principais motores por trás dessa temporada de maior atividade. Essas águas mais quentes fornecem o combustível necessário para a formação e intensificação dos furacões, que podem se tornar mais destrutivos à medida que absorvem mais energia térmica. Além disso, a diminuição dos ventos de nível superior, conhecidos como “shear”, é outro fator chave para o cenário previsto. Esse fenômeno reduz a instabilidade atmosférica, permitindo que as tempestades se desenvolvam de maneira mais forte e duradoura.
De acordo com a CSU, essas condições são típicas de um El Niño fraco ou neutro, que é o que se espera para 2025. O fenômeno El Niño é um aquecimento anômalo das águas do Oceano Pacífico equatorial, o que pode alterar os padrões climáticos globais e, por consequência, impactar a dinâmica das tempestades no Atlântico. A interação entre águas mais quentes e ventos mais fracos gera um ambiente favorável ao crescimento das tempestades, o que pode resultar em furacões de grande intensidade.
A CSU também fez uma análise detalhada da probabilidade de que furacões de grande porte atinjam as costas dos Estados Unidos e de outras regiões ao longo da temporada. “A previsão é de que exista 51% de chance de que um furacão de categoria 3 ou superior atinja qualquer parte da costa americana, um aumento em comparação com a média histórica de 43%.” Isso significa que os moradores das áreas costeiras devem estar particularmente atentos aos alertas meteorológicos e se preparar adequadamente para a possibilidade de uma temporada severa.
Os especialistas destacam que a probabilidade de que a costa leste dos Estados Unidos, incluindo a Flórida, seja afetada é de 26%, enquanto no Golfo do México, esse risco sobe para 33%. A região do Caribe, uma das mais vulneráveis a esses fenômenos, apresenta uma chance de 56% de ser impactada por furacões de grande porte, ligeiramente acima da média histórica de 47%. Isso indica que os países caribenhos, frequentemente atingidos por furacões, devem redobrar seus esforços de prevenção e resposta a desastres.
A temporada de 2025 começará com a tempestade Andrea, seguida por outras tempestades nomeadas como Barry, Chantal, Dexter e Erin. Cada furacão ou tempestade tropical que atinge a intensidade suficiente recebe um nome, facilitando sua identificação e acompanhamento. Em uma importante mudança, a Organização Mundial de Meteorologia (OMM) aposentou três nomes de tempestades da temporada anterior devido à gravidade dos danos causados por elas. “A Organização Mundial de Meteorologia aposentou três nomes de tempestades: Beryl, Helene e Milton, devido à gravidade das tempestades associadas a eles. Esses nomes serão substituídos por Brianna, Holly e Miguel.”
A aposentadoria de nomes de tempestades é uma prática recorrente quando os furacões associados causam destruição em grande escala e perdem suas associações com eventos naturais para se tornar símbolos de tragédia. Essa ação sublinha a importância da intensidade das tempestades previstas para 2025 e a necessidade urgente de estar preparado.
Embora o início oficial da temporada de furacões de 2025, que vai de 1º de junho a 30 de novembro, ainda esteja distante, os especialistas da CSU destacam que a preparação antecipada é essencial. “Furacões e tempestades tropicais podem causar impactos significativos, desde danos à infraestrutura até interrupções econômicas e sociais. Estar preparado é fundamental para mitigar os efeitos dessas desastrosas ocorrências.”
A preparação para uma temporada de furacões deve incluir planos de evacuação, estoques de emergência e a fortificação de casas e estruturas vulneráveis. Além disso, a comunicação com autoridades locais e a adesão a alertas meteorológicos também são cruciais para garantir a segurança das populações em risco. A temporada de 2025 será desafiadora, e os habitantes das áreas mais suscetíveis a furacões devem agir agora para proteger suas vidas e propriedades.
Por Leonardo Souza
Com as informações: CSU
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