O Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Fundo Clima), vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), apresentou avanços significativos em 2024, consolidando-se como uma ferramenta essencial do Governo Federal para ações de mitigação e adaptação à crise climática. Durante a 37ª Reunião Ordinária do Comitê Gestor do Fundo, realizada na quarta-feira, 26 de março de 2025, foram divulgados relatórios de execução e a aprovação da prestação de contas do último ano. Os recursos financiaram projetos públicos e privados, abrangendo áreas como energia limpa, agropecuária sustentável e bioeconomia.
Na modalidade não reembolsável, gerida diretamente pelo MMA, o Fundo apoiou sete iniciativas com R$ 4,7 milhões, priorizando a redução da vulnerabilidade às mudanças climáticas em áreas urbanas e rurais. Já na modalidade reembolsável, administrada pelo BNDES, o montante alcançou R$ 10,456 bilhões, um volume 23 vezes maior do que a média anual de R$ 450 milhões registrada desde sua criação, em 2009. O aumento expressivo foi possível graças à emissão de títulos soberanos sustentáveis pelo Tesouro Nacional.
Os financiamentos contemplaram diversas áreas, incluindo 18 projetos de geração de energia solar e eólica, 5 voltados à fabricação de biocombustíveis, 6 para transporte rodoviário coletivo, 3 relacionados à administração pública, como mitigação de enchentes, e 1 sobre beneficiamento sustentável de lítio. Ao todo, 177 iniciativas em outras frentes foram apoiadas, beneficiando 21 unidades federativas, com destaque para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Nesta última, os valores investidos saltaram de R$ 129 milhões em 2022 para R$ 2,1 bilhões em 2024.
De acordo com o MMA, as operações têm potencial para evitar a emissão de 86,6 milhões de toneladas de gás carbônico — o equivalente a nove meses de emissões da região metropolitana de São Paulo. A expectativa é de que os projetos implantados gerem cerca de 52 mil empregos diretos. Os avanços nas áreas financiadas reforçam o papel do Fundo Clima como motor transformador da economia verde e como exemplo de políticas públicas ambientais eficazes.
Com resultados históricos em 2024, o Fundo Clima se projeta como um dos principais impulsionadores da transição para uma economia sustentável no Brasil. O fortalecimento das operações e a ampliação do alcance territorial indicam um compromisso renovado com a preservação ambiental e a inclusão social, estabelecendo um marco na agenda climática nacional.
Por Eduardo Souza
Com Informações: Agência Gov
Foto: Lucas Danilo da Silva Durães/MMA